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Mundo

Papa alerta para "rio de miséria", violência e opressão que inunda o mundo

1 jan 2016 - 09h41
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O papa Francisco celebrou nesta sexta-feira a primeira missa do ano, em que alertou para o "rio de miséria" que cresce no mundo, provocado pela "maldade humana", a opressão, a violência e a violação dos direitos fundamentais.

"A cada dia, embora desejamos nos ver sustentados pelos sinais da presença de Deus, nos deparamos com sinais opostos, negativos, que fazem crer que está ausente", assinalou Francisco hoje, quando a Igreja celebra a Jornada Mundial da Paz.

O pontífice denunciou que "a plenitude dos tempos parece desmoronar diante das inúmeras formas de injustiça e de violência que ferem a humanidade todos os dias".

"Às vezes nos perguntamos: como é possível que perdure a opressão do homem contra o homem, que a arrogância do mais forte continue humilhando o mais frágil, enquandrando-os nas margens mais miseráveis de nosso mundo?", questionou.

Francisco também se perguntou "até quando a maldade humana seguirá semeando a terra de violência e de ódio, que provocam tantas vítimas inocentes".

"Como pode ser este um tempo de plenitude, se diante de nossos olhos muitos homens, mulheres e crianças continuam a fugir da guerra, da fome, da perseguição, dispostos a arriscar sua vida para que seus direitos fundamentais sejam respeitados?", disse questionou.

O papa descreveu este cenário como "um rio de miséria alimentado pelo pecado, em uma crescente, mas que nada pode contra o oceano de misericórdia que inunda nosso mundo".

"Todos estamos chamados a submergir neste oceano, a nos deixarmos regenerar para vencer a indiferença que impede a solidariedade e a sair da falsa neutralidade que dificulta o compartilhar", afirmou.

Francisco afirmou que, neste contexto, "onde não pode chegar a razão dos filósofos nem os acordos da política, chega a força da fé" que, na sua opinião, "sempre é capaz de abrir novos caminhos à razão e aos acordos".

A primeira missa do papa em 2016 começou às 10h (7h em Brasília) e foi celebrada na basílica de São Pedro do Vaticano, que tinha uma forte presença policial no entorno devido a ameaça terrorista que paira sobre a Europa.

EFE   
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