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Oriente Médio

UE exigirá garantias de quem fornecer armas para oposição síria

2 jun 2013 - 11h13
(atualizado às 11h28)
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Os países que fornecerem armas à oposição síria deverão garantir primeiro que estas não caiam nas mãos equivocadas e que seu uso se limite a proteger a população civil, advertiu neste domingo a chefe da diplomacia da União Europeia (UE), Catherine Ashton, em entrevista publicada neste domingo pela agência russa Interfax.

"O fornecimento só pode se destinar à coalizão da oposição síria para a defesa da população civil, e além disso deve haver garantias de quem é o usuário final", disse Ashton na véspera da cúpula entre Rússia e UE.

A chefe da diplomacia europeia, que chega amanhã à cidade russa de Yekaterimburgo para participar da cúpula bilateral, lembrou que "a decisão sobre a exportação ou não das armas à oposição síria será tomada por cada um dos países-membros".

Ashton reiterou que a decisão de retirar o embargo de armas aos rebeldes sírios, adotada na segunda-feira passada, será revisada sob a luz dos resultados da conferência internacional de paz para a Síria, proposta por Moscou e Washington e que ainda não foi convocada.

"Todos os Estados-membros concordaram que não exportarão armas nesta etapa e avaliarão antes de tudo o andamento do processo político", afirmou a diplomata.

Ashton acrescentou que "o Conselho Europeu revisará a situação antes de 1º de agosto" levando em conta o relatório que está sendo preparado após as consultas com o secretário-geral da ONU "e os avanços da iniciativa russo-americano sobre a convocação da conferência de paz".

"Acredito que se alcance um progresso político na segunda rodada das negociações em Genebra", previu. A Rússia e a União Europeia realizam a partir de amanhã uma nova cúpula na qual o conflito sírio será um dos assuntos centrais.

A semana passada começou com a decisão da UE sobre a retirada do embargo de armas e concluiu na sexta-feira com o anúncio de Moscou sobre o fornecimento de mais de dez aviões de combate ao regime do presidente sírio, Bashar al Assad.

EFE   
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