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Oriente Médio

Turquia informa ao Conselho de Segurança da ONU sobre abate de avião russo

24 nov 2015 - 14h26
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A Turquia informou o Conselho de Segurança da ONU nesta terça-feira, por escrito, sobre o abate de um bombardeiro russo após uma suposta violação de seu espaço aéreo perto da fronteira com a Síria.

"Há uma carta da Turquia que assinala os fatos e não pede nenhuma reunião ou outra ação em particular", disse aos jornalistas o embaixador do Reino Unido nas Nações Unidas, Matthew Rycroft, que preside o Conselho de Segurança neste mês.

Segundo o diplomata, houve contatos tanto com a Rússia como com a Turquia, mas, por enquanto, o incidente não deve ser formalmente abordado no principal órgão de decisão da ONU.

Questionado pelos jornalistas, o representante russo na ONU, Vitaly Churkin, se limitou a dizer que "talvez" seu governo leve o assunto ao Conselho de Segurança.

Rycroft, por sua vez, expressou sua "profunda preocupação" pelo incidente e ressaltou a importância de a comunidade internacional reagir de forma "mensurada, cuidadosa e com calma".

"Peço a todos os envolvidos para reduzir a tensão e serem comedidos em suas respostas", disse o embaixador britânico, apesar de deixar claro que o Reino Unido "defende o direito da Turquia de proteger seu próprio espaço aéreo".

"Tenho certeza que se tivermos uma discussão não estaremos sozinho defendendo esse ponto", disse Rycroft, cujo país é membro da Otan assim como a Turquia.

Além disso, o embaixador ressaltou que a derrubada do caça russo demonstra a importância da coordenação das ações militares na Síria para evitar futuros problemas.

"Compartilhamos um interesse com todos os países na região. Todos estamos de distintas formas tentando derrotar ao Estado Islâmico (EI) e conseguir uma solução política ao conflito sírio", insistiu.

A Turquia afirma que abateu um bombardeiro Su-24 russo por uma suposta violação de seu espaço aéreo na fronteira sírio-turca, após várias advertências terem sido ignoradas.

Já a Rússia nega que o avião tenha invadido a fronteira aérea da Turquia e acusa as autoridades turcas de serem "cúmplices do terrorismo".

EFE   
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