PUBLICIDADE

Oriente Médio

Turquia diz que Israel enfrentará "consequências" por ataque à frota

31 mai 2010 - 04h22
(atualizado às 08h20)
Compartilhar

O Ministério de Assuntos Exteriores da Turquia reagiu nesta segunda duramente ao ataque de Israel aos navios turcos da frota internacional com destino a Gaza, que causou pelo menos 14 mortos, segundo a televisão israelense.

Esse Ministério, que acrescenta em comunicado que o Governo israelense terá que enfrentar as consequências por seu comportamento, estabeleceu um centro de crise para acompanhar o desenvolvimento dos eventos.

O embaixador israelense em Ancara, Gaby Levy, foi convocado ao citado Ministério para pedir-lhe explicações e receber o protesto turco.

O comunicado diz que o Exército israelense usou a força contra um grupo de ajuda humanitária, que inclui "idosos, mulheres e crianças" que viajam nos navios, o que considerou "inaceitável".

"Tomando como alvo civis inocentes, Israel mostrou mais uma vez que não se preocupa com a vida humana, nem com as iniciativas pacíficas. Condenamos fortemente esta prática desumana de Israel", acrescentou a nota.

"Este incidente, que aconteceu em águas internacionais abusando da lei internacional, terá consequências impossíveis de compensar", avisou o Ministério turco.

"Não importa qual seja a razão, esta ação contra civis que atuam com propósito humanitário é impossível de aceitar. Israel terá que enfrentar as consequências de seu comportamento e da violação das leis internacionais", conclui o comunicado.

O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, que se encontra no Chile cancelou sua visita à América Latina e anunciou que fará declarações nas próximas horas.

O Ministério de Assuntos Exteriores da Grécia iniciou um mecanismo de gestão de emergência com um telefone à disposição dos familiares dos gregos que estão na "Frota da Liberdade", pois três dos navios que a compõem procedem deste país.

Yanis Maistros, porta-voz em Atenas da seção grega da iniciativa, declarou hoje à agência EFE que "os cinco navios foram sequestrados"; e que "receberam disparos a partir de lanchas e helicópteros israelenses quando estavam navegando em águas internacionais, próximas ao litoral israelense".

EFE   
Compartilhar
Publicidade