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Oriente Médio

Turquia diz que forças sírias estão por trás de ataques

12 mai 2013 - 09h04
(atualizado às 11h08)
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A Turquia acredita que combatentes leais ao presidente sírio, Bashar al-Assad, estão por trás dos atentados com dois carros-bomba que mataram 46 pessoas em uma cidade de fronteira turca, onde milhares de refugiados sírios vivem, disseram autoridades neste domingo.

As autoridades prenderam nove pessoas, todos cidadãos turcos e incluindo o suposto mentor, após os atentados em Reyhanli no sábado, afirmou o vice-primeiro-ministro Besir Atalay a repórteres.

O ministro das Relações Exteriores, Ahmet Davutoglu, disse que os envolvidos também são suspeitos de participar de um ataque contra a cidade costeira síria de Banias, há uma semana, quando pelo menos 62 pessoas foram mortas.

Os ataques aumentaram os temores de que a guerra civil da Síria está se arrastando para Estados vizinhos, apesar de movimentos diplomáticos para acabar com dois anos de luta, em que mais de 70 mil pessoas foram mortas.

"O ataque não tem nada a ver com os refugiados sírios na Turquia, ele tem tudo a ver com o regime sírio", disse Davutoglu em uma entrevista na televisão TRT.

"Devemos ter cuidado contra provocações étnicas na Turquia e no Líbano após o massacre Banias", disse ele.

O ministro da Informação sírio, Omran Zubi, negou qualquer envolvimento da Síria e rejeitou o que chamou de "acusações infundadas".

O conflito tem inflamado o confronto entre sunitas e xiitas no Oriente Médio, com o Irã xiita apoiando Assad, e poderes sunitas, como a Arábia Saudita, apoiando os rebeldes.

Banias é um bolso sunita no meio de um grande enclave alauíta na costa mediterrânea da Síria. Ativistas da área acusam milícias leais a Assad, um alauíta, de ataques étnicos.

Reyhanli tornou-se uma base para os rebeldes que lutam contra Assad perto da fronteira.

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