Tropas israelenses tomam controle de áreas em Gaza
As tropas e os tanques israelenses cercaram a principal cidade da Faixa de Gaza no domingo em uma ofensiva contra o Hamas que matou mais de 500 palestinos, muitos deles civis.
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Os tanques israelenses dispararam contra posições de militantes suspeitos e aviões de guerra, enquanto os militantes do Hamas responderam com morteiros e foguetes.
As autoridades de política estrangeira da União Européia organizaram uma missão para tentar um cessar-fogo na Faixa de Gaza, mas admitiram ser uma tarefa difícil persuadir as duas partes de realizar uma trégua.
Ao menos 42 palestinos, a maioria civis, foram mortos no domingo quando as tropas israelenses dispararam contra casas e contra o principal distrito comercial, segundo fontes médicas.
"Nós não temos a intenção de ocupar Gaza nem destruir o Hamas, mas de destruir o terrorismo. E o Hamas precisa de uma lição real e séria. Agora eles estão tendo isso", disse o presidente israelense, Shimon Peres, em uma entrevista ao programa da rede ABC This Week.
A invasão na noite de sábado da Faixa de Gaza controlada pelo Hamas ocorreu após uma semana de bombardeios israelenses por terra, ar e mar, no mais sério combate entre israelenses e palestinos em décadas.
O número de palestinos mortos subiu para 512, segundo autoridades da área médica de Gaza. Uma agência da ONU disse que ao menos um quarto dos mortos é de civis. Um grupo de direitos humanos palestino alegam que a proporção de civis é de 40 por cento.
Um soldado israelense foi morto e 32 ficaram feridos na ofensiva por terra, segundo Israel. Quatro israelenses foram mortos nos ataques com foguetes do Hamas desde 27 de dezembro.
As autoridades israelenses disseram que a ofensiva pode durar ainda muitos dias.
Pedidos para um cessar-fogo feitos pelos Estados Unidos, o principal aliado de Israel, por outros governos e pela ONU falharam em promover avanços nos acordos sobre qual das partes deve interromper os ataques primeiro.
Autoridades do governo israelense disseram que o país espera ganhar o apoio internacional para um novo acordo de segurança na fronteira entre Egito e Gaza, para impedir o Hamas de conseguir novas armas.
"O governo fez tudo antes de decidir lançar a operação. Essa é uma operação inevitável", disse o primeiro-ministro israelense, Ehud Olmert.