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Torre de 1 km na Arábia Saudita será a mais alta do mundo

8 dez 2015 - 10h07
(atualizado às 14h48)
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Arranha-céu deverá ficar pronto em 2020 e custar US$ 1,23 bilhão (R$ 4,6 bilhões)
Arranha-céu deverá ficar pronto em 2020 e custar US$ 1,23 bilhão (R$ 4,6 bilhões)
Foto: © Jeddah Economic Company/Adrian Smith + Gordon Gill Architecture / BBC News Brasil

Chamado de "Nova York do Oriente Médio", o emirado de Dubai é conhecido mundialmente pelas extravagâncias, como o icônico Burj Khalifa, um gigante de concreto de 827 metros de altura.

Mas, em meio à rivalidade movida pelo dinheiro do petróleo, o título de prédio mais alto do mundo pode em breve trocar de mãos ─ e de país.

Quando estiver concluída, a Kingdom Tower (ou Jeddah Tower), na Arábia Saudita, terá 1 km de altura e 200 andares. A torre, que está sendo construída na cidade litorânea de Jedá, teve assegurado seu financiamento, o que permitirá a continuidade das obras, suspensas à espera da decisão.

Segundo um comunicado divulgado pelo governo saudita, 26 andares já foram erguidos. A previsão agora é que o edifício esteja pronto em 2020 a um custo de US$ 1,23 bilhão (R$ 4,6 bilhões).

O arranha-céu será a atração principal de um novo distrito da cidade, construído do zero e batizado de Jeddah City (ou Cidade de Jedá, em tradução livre).

"Com esse acordo, vamos estabelecer um novo e inédito recorde no desenvolvimento imobiliário, o que cumpre o objetivo da empresa de criar um centro urbano de primeira linha, oferecendo um estilo de vida avançado. Isso permitirá que Jedá tenha um novo marco icônico que atraia pessoas de todas as esferas da sociedade com extensa quantidade de serviços e multiplicidade de utilizações", afirmou Mounib Hammoud, CEO da Jeddah Economic Company, estatal saudita que contratou o projeto.

Desafios

Prédio exigirá 80 mil toneladas de aço
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Foto: © Jeddah Economic Company/Adrian Smith + Gordon Gill Architecture / BBC News Brasil

Construí-lo, no entanto, não será tarefa fácil.

Segundo engenheiros envolvidos na construção, foram necessárias fundações de 60 metros de profundidade para sustentar o edifício. Caso contrário, a ação da maresia, devido à proximidade com o mar, poderia corroer sua estrutura.

Por causa disso, a empreiteira responsável pela obra está testando diferentes tipos de concreto.

Além disso, outro obstáculo são os ventos.

Para enfrentar o problema, o formato da torre não será homogêneo.

"Como o formato vai mudar, os ventos vão contornar o prédio e não terão um impacto tão extremo como um bloco de concreto", explicou , à revista americanaConstruction Weekly o arquiteto Gordon Gill, do escritório de arquitetura Adrian Smith + Gordon Gill Architecture, a cargo do projeto.

Levar o concreto aos andares mais altos também tende a ser um desafio à parte.

É provável que os engenheiros usem métodos similares aos empregados na construção do Burj Khalifa, onde 170 mil metros cúbicos de concreto eram bombeados por uma única bomba, normalmente à noite, quando temperaturas mais baixas facilitavam o funcionamento do sistema.

Coincidentemente, o projeto da Kingdom Tower leva a mesma assinatura do escritório de arquitetura responsável pelo Burj Khalifa, em Dubai.

Já seu criador e idealizador é o príncipe saudita Al-Waleed bin Talal, o homem mais rico do Oriente Médio e sobrinho do rei Abullah, morto em abril deste ano.

O projeto é uma tentativa de diversificar a economia da Arábia Saudita, ainda fortemente dependente da exportação do petróleo, que responde por 75% de todas as receitas do país.

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