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Oriente Médio

Soldados sírios acham agentes químicos em túneis dos rebeldes--TV estatal

24 ago 2013 - 11h52
(atualizado às 11h57)
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A TV estatal síria informou que soldados encontraram agentes químicos em túneis de rebeldes em um subúrbio de Damasco, neste sábado, e alguns soldados estavam "sufocando".

A notícia intensificou a disputa sobre a responsabilidade por um ataque com gás sarín que matou centenas de pessoas nesta semana, segundo relatos dos insurgentes.

Um alto funcionário de desarmamento da ONU chegou a Damasco neste sábado para pressionar pelo acesso de inspetores ao local do ataque e os Estados Unidos estavam realinhando suas forças navais na região para dar ao presidente Barack Obama a opção de um ataque contra a Síria.

Relatos da oposição síria apontam que entre 500 e mais de 1.000 civis foram mortos por gás colocado em munições lançadas por forças leais ao presidente Bashar al-Assad. Imagens de vídeo dos corpos das vítimas aumentaram os pedidos no Ocidente para uma dura resposta, liderada pelos EUA, dois anos e meio depois de iniciado o levante contra o governo da Síria, sem que haja uma reação internacional ao conflito.

Em uma clara tentativa de fortalecer os desmentidos do governo de responsabilidade pelo suposto ataque químico, a televisão estatal síria afirmou que os soldados se depararam com agentes químicos em túneis usados pelos rebeldes no subúrbio de Jobar e alguns ficaram sufocados pela fumaça.

Uma unidade do Exército estava se preparando para invadir o subúrbio controlada pelos insurgentes, acrescentou a TV.

Ativistas da oposição síria acusam as forças de Assad de ter disparado projéteis com gás nervoso em bairros rebeldes na madrugada de quarta-feira. No final da semana, os ativistas cruzaram linhas de frente em torno de Damasco para buscar amostras de tecidos de vítimas do ataque.

O governo sírio diz que nunca iria recorrer a armas químicas contra cidadãos sírios. E, anteriormente, já havia acusado os rebeldes de fazer isso para obter vantagem no campo de batalha, uma alegação contestada por líderes ocidentais.

O governo de Assad sugeriu que os rebeldes podem ter realizado o último ataque para provocar a intervenção estrangeira no país.

Obama vem hesitando há tempos em intervir na Síria, com receio de que isso possa desencadear um conflito sectário mais abrangente no Oriente Médio, e ele reiterou essa relutância na sexta-feira.

(Reportagem de Tiago Pariz)

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