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Oriente Médio

Soldados do Chade morrem em ofensiva para retomar cidades nigerianas tomadas pelo Boko Haram

9 mar 2015 - 11h59
(atualizado às 11h59)
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Cerca de dez soldados do Chade morreram em confronto para libertar duas cidades no norte da Nigéria, previamente conquistadas pelo Boko Haram, numa ofensiva contra os militantes que contou também com forças do Níger no final de semana, disseram fontes militares nesta segunda-feira.

Aproximadamente 30 soldados nigerianos e chadianos ficaram feridos nos embates por Malam Fatouri e Damasak, um dia após milhares de soldados cruzarem a fronteira para retomar áreas conquistadas pelo grupo sunita islamista, cuja insurgência forçou a Nigéria a atrasar uma eleição e vizinhos a mobilizar seus Exércitos.

Uma autoridade do Chade, que pediu para não ter o nome revelado, disse que 10 soldados chadianos foram mortos e 20 ficaram feridos em confronto para libertar as cidades. Não houve comentário oficial do Exército de Chade.

"Nós expulsamos o inimigo destas áreas e agora estão sob nosso controle", disse uma fonte militar de Níger.

Em Damasak, cidade nigeriana a 10 quilômetros ao sul da fronteira com Níger, tropas de Níger e Chade estão se juntando nas últimas semanas para uma ofensiva.

Uma fonte médica em Diffa, capital da região de Níger fronteiriça com o centro do Boko Haram na Nigéria, disse que 30 soldados feridos foram enviados para o hospital da cidade.

A fonte militar de Níger disse que cerca de 300 militantes do Boko Haram foram mortos. Não houve confirmação oficial do número e não vou possível a verificação.

"Nós temos permissão da Nigéria para esta ação", disse a fonte. Não houve comentário imediato da Nigéria.

A insurreição do Boko Haram, que busca a criação de um califado no nordeste da Nigéria, deixou milhares de mortos. O grupo prometeu aliança ao Estado Islâmico, que comanda um califado autodeclarado em partes do Iraque e Síria, de acordo com um trecho de áudio postado online no sábado.

Camarões, Chade, Níger e Benin mobilizaram forças neste ano para ajudar a Nigéria a se defender do grupo após militantes conquistarem mais territórios e montarem ataques na fronteira.

A Nigéria e seus vizinhos estão trabalhando para criar planos e regras para uma Força regional de 8.700 soldados, mas a cooperação entre os Exércitos se tornou mais tensa.

(Reportagem de Abdoulaye Massalaki)

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