Síria: internet é bloqueada e linhas de telefone enfrentam problemas

29 nov 2012 - 14h03

(atualizado às 17h27)

As conexões internacionais de internet da Síria foram desligadas às 12h26 (horário local, 8h26 de Brasília) nesta quinta-feira e seguiam inoperantes durante a tarde, informou a empresa de rastreamento da web Renesys, dos Estados Unidos.

Moradores do distrito de Mazzeh cercam o local onde ocorreu uma explosão, em Damasco, na Síria. Pelo menos quatro pessoas morreram no ataque, segundo a agência oficial Sana. Em todo o país, a violência deixou mais de 70 mortos nesta segunda-feira
Foto: AFP

"Na tabela de roteamento global, todas os 84 blocos de endereço IP da Síria tornaram-se inacessíveis, efetivamente removendo o país da internet", disse a Renesys em seu blog.

Rebeldes sírios enfrentaram forças leais ao presidente, Bashar al-Assad, nos arredores de Damasco nesta quinta-feira, forçando o bloqueio da estrada de acesso ao principal aeroporto. Moradores relataram quedas em conexões à internet na capital.

Moradores também disseram que linhas telefônicas móveis e fixas operavam apenas esporadicamente no que parecia ser a pior interrupção de comunicações na Síria desde o início da revolta, há 20 meses.

A Síria viu as maiores interrupções no acesso à internet em julho e agosto deste ano, que duraram menos de uma hora e não deixaram o país completamente fora da web.

Moradores do distrito de Mazzeh cercam o local onde ocorreu uma explosão, em Damasco, na Síria. Pelo menos quatro pessoas morreram no ataque, segundo a agência oficial Sana. Em todo o país, a violência deixou mais de 70 mortos nesta segunda-feira
Foto: AFP
Homens levantam veículo queimado na explosão em Damasco
Foto: AP
Na província de Idleb, ao menos 20 rebeldes morreram em um ataque aéreo. Já na província de Hama, pelo menos 50 pessoas ligadas ao governo sírio morreram na explosão de um carro-bomba
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No distrito de Mazzeh, em Damasco, a explosão atingiu um local que estava cheio de pessoas
Foto: AFP
Há 20 meses, a Síria vive em clima de guerra. Forças do governo reagem à pressão da oposição por mudanças políticas, sociais e na política de direitos humanos no país. A estimativa é que mais de 33 mil pessoas tenham morrido neste período
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