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Oriente Médio

Síria: exército bombardeia redutos rebeldes um dia após massacre

26 ago 2012 - 15h05
(atualizado às 15h36)
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As forças do regime sírio concentraram seus ataques neste domingo na periferia de Damasco e na província de Deraa, depois que a oposição denunciou um novo massacre na cidade de Daraya, onde morreram mais de 300 pessoas nos últimos cinco dias. A população mais afetada hoje foi a de Basra Al Sham, em Deraa, onde os bombardeios efetuados de helicópteros causaram 30 mortos, a maioria nos bairros ocidentais.

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O ativista Qaysar Habib, representante da rede Sham em Deraa, explicou à agência EFE por telefone que por enquanto foram identificados 34 mortos e que são necessários médicos para atender os numerosos feridos, um número confirmado pelos opositores Comitês de Coordenação Local (CCL). "A maioria dos mortos é de mulheres e crianças. Os bombardeios não distinguem entre os civis, o (insurgente) Exército Sírio Livre e a população que apoia o regime", denunciou o ativista, que acrescentou que a ofensiva afetou também as casas da minoria alauí, à qual pertence o presidente sírio, Bashar al-Assad.

Os bombardeios aéreos também castigaram a cidade de Deraa, capital da província, e as localidades próximas de Dael, Al Karak e Al Hirak. Enquanto isso, as tropas governamentais usaram tanques e helicópteros para bombardear as localidades de Al Sabina, Al Abada, Zabadani e Zamalka, nos arredores da capital síria.

Quanto a Aleppo, o Observatório Sírio de Direitos Humanos assegurou que o Exército bombardeou os bairros de Suleiman al Halabi, Al Sajur e Al Shaar, assim como a cidade próxima de Andan. As operações causaram, segundo o Observatório, a morte de mais de 70 pessoas, mais da metade em Deraa e em Damasco e seus subúrbios, enquanto os CCL elevaram este número para 100.

Por sua vez, a agência oficial síria Sana anunciou que o Exército perseguiu "os grupos terroristas armados" - termo que as autoridades usam para se referir aos rebeldes - nas cidades de Aleppo e Homs, e matou vários de seus membros. Os ataques de hoje aconteceram depois que a oposição denunciou a morte de mais de 300 pessoas, dentre elas mulheres e crianças, na operação militar lançada pelo regime sírio contra a cidade de Daraya, nos arredores de Damasco.

Segundo o Observatório, o número de mortos supera 320 pessoas, depois que 13 cadáveres foram encontrados nesta manhã. O ativista Jaafar al Jeir, coordenador da rede Sham, disse à EFE que as vítimas morreram devido aos duros bombardeios sofridos nos últimos dias e, sobretudo, às execuções sumárias perpetradas ontem, quando morreram no mínimo 200 pessoas.

Quanto a esse massacre, o presidente do Conselho Nacional Sírio (CNS), o maior grupo da oposição síria, Abdelbaset Sieda, afirmou hoje, em entrevista coletiva em Istambul, que os mortos passam de 500.

EFE   
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