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Oriente Médio

Síria e Israel trocam tiros nas Colinas do Golã

21 mai 2013 - 15h46
(atualizado às 16h31)
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A Síria afirmou nesta terça-feira que suas tropas destruíram um veículo israelense que havia entrado em seu território, a partir das Colinas do Golã -- região síria sob ocupação israelense --, e advertiu que qualquer tentativa de violar sua soberania resultará em "retaliação firme e imediata".

Segundo Israel, o incidente ocorreu do leu lado da linha do cessar-fogo, o veículo foi danificado, mas não destruído, nenhum de seus soldados ficou ferido, e eles retornaram o fogo.

O confronto evidenciou o potencial para a retomada do conflito ao longo da fronteira, que vem preocupando cada vez mais. A região permaneceu mais de quatro décadas em calma, sob os governos do atual presidente sírio, Basar al-Assad, e seu pai.

O conflito se seguiu a ataques aéreos israelenses perto de Damasco contra supostos depósitos de mísseis, duas semanas atrás. Depois desses bombardeios, a Síria ameaçou retaliar.

Assad enfrenta há dois anos um levante contra seu governo, durante o qual forças rebeldes, incluindo grupos islamistas radicais, se apoderaram de porções de território na área rural e atacaram postos militares perto da fronteira com o Golã, sob ocupação israelense.

Há frequentes relatos de trocas de tiros na Síria, perto da fronteira, durante confrontos entre o Exército e as forças rebeldes, mas o incidente desta terça-feira foi a primeira vez desde o início da crise que as forças armadas da Síria disseram ter atacado alvos militares israelenses.

"Nossas nobres forças armadas destruíram um veículo israelense…o qual veio dos territórios ocupados e cruzou a linha de cessar-fogo", afirmou a liderança militar da Síria em um comunicado divulgado na mídia estatal. O incidente ocorreu à 1h20 desta terça-feira (19h10 da segunda-feira, no horário de Brasília).

Pouco depois, as forças israelenses lançaram dois foguetes contra uma posição síria, sem causar vítimas, afirmou a Síria.

De acordo com o chefe do Estado-Maior de Israel, general Benny Gantz, os militares estavam patrulhando do lado israelense de uma cerca na fronteira quando ficaram sob fogo contínuo.

O ministro da Defesa de Israel, Moshe Yaalon, declarou: "Nossa política para a Síria é clara: não estamos intervindo lá, claro, na guerra civil... Mas quanto à situação nas Colinas do Golã, nós não estamos permitindo e não vamos permitir que o fogo respingue para o nosso território."

(Reportagem adicional de Allyn Fisher-Ilan e Jeffrey Heller em Jerusalém)

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