Síria confirma retirada de tropas russas após ordem de Putin
A presidência da Síria confirmou nesta segunda-feira que "a redução" das forças russas no país árabe foi acertada após uma conversa por telefone entre o presidente sírio, Bashar al Assad, e o russo, Vladimir Putin.
Em comunicado, o escritório do chefe de Estado explicou que as partes resolveram "diminuir o número das forças aéreas russas na Síria, de acordo com a situação atual".
A nota destacou que esta decisão foi tomada "depois dos sucessos conseguidos pelo exército sírio, em cooperação com a aviação russa, na luta contra o terrorismo, no retorno da segurança a várias regiões e ao aumento das reconciliações no país".
Putin anunciou hoje a retirada da "maior parte" das forças russas que realizavam uma operação de bombardeios na Síria por considerar que cumpriram sua missão.
"Acredito que a tarefa que nossas forças armadas e o Ministério da Defesa tinham pela frente foi totalmente cumprida, por isso ordeno ao ministro da Defesa que a partir de amanhã comece a retirada da maior parte de nossas forças na Síria", anunciou Putin, em reunião com integrantes dessa pasta e com a de Relações Exteriores divulgada pela imprensa russa.
A intervenção militar da Rússia - aliada do regime de Damasco - no conflito permitiu o avanço do exército sírio nos últimos meses em diversas partes do país.
A decisão de hoje foi tomada em meio ao reatamento, nesta segunda-feira, das negociações de paz indiretas entre o governo sírio e a principal aliança opositora, a Comissão Suprema para as Negociações (CSN), em Genebra, chanceladas pela ONU.
A retirada dos soldados russos coincidirá com o quinto aniversário do conflito no país árabe, onde mais de 270 mil pessoas morreram em situações de violência, segundo a ONG Observatório Sírio de Direitos Humanos.