Síria: combate entre regime e opositores deixa vários mortos
As forças do regime sírio bombardearam vários bairros de Damasco nesta segunda-feira, causando a morte de mais de 20 pessoas, um dia depois da oposição denunciar um massacre em Daraya.
O ativista Omar Hamza, morador de um subúrbio de Damasco, informou que os ataques foram realizados no bairro de Al Qabun, onde um helicóptero militar foi derrubado pelos rebeldes, e nas localidades de Ain Tarma, Zamalka, Saqba e Kafr Batna.
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Hamza explicou que o helicóptero foi atacado como forma de vingança dos opositores porque a aeronave tinha bombardeado estas áreas por horas.
Segundo os grupos opositores Comitês de Coordenação Local (CCL) e Comissão Geral da Revolução Síria (CGRS), a maioria das vítimas foi registradas em Kafr Batna, alvo de bombardeios desde o domingo. Entre os mortos na localidade figuram menores e mulheres.
A CGRS denunciou, além disso, que pelo menos três pessoas morreram em Al Qabun, uma delas executada, e que as tropas leais ao presidente sírio Bashar al Assad demoliram várias casas nos bairros de Mezzeh e Kafr Susa.
Um residente de Damasco, que pediu para não se identificar, assegurou que os combates entre os rebeldes e as tropas governamentais se intensificaram na primeira hora desta segunda, nas proximidades da Praça Abasiyin, onde estão localizados vários quartéis dos serviços de inteligência sírios.
Em enfrentamentos similares, quatro combatentes rebeldes morreram no bairro de Yubar, próximo a Al Qabun, e na população de Guta al Sharquiya, de acordo com um comunicado do Observatório Sírio de Direitos Humanos.
Este grupo opositor também disse que em Guta al Sharquiya seis soldados morreram e dez ficaram feridos por conta da explosão de um veículo.
A violência também afetou outras províncias do país, como Deir el Zur, Homs, Hama e Aleppo, onde vinte pessoas foram executadas, segundo os grupos opositores. Em Aleppo também foram registrados violentos combates entre os rebeldes do Exército Livre Sírio (ELS) e as forças do regime.
Esta nova ofensiva do regime de Assad contra os redutos rebeldes da periferia de Damasco ocorreu um dia depois de centenas de pessoas serem mortas em uma operação militar em Daraya.
O presidente do Conselho Nacional Sírio (CNS), principal organismo da oposição no exílio, Abdelbaset Sieda, assegurou que 500 pessoas morreram neste massacre, atribuído às forças governamentais.
Daraya, controlada pelos rebeldes, foi palco de bombardeios durante cinco dias e quando as tropas e suas milícias "shabiha" entraram na região, realizaram execuções sumárias, segundo os ativistas.
