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Oriente Médio

Sete membros de família alemã morrem em ataque à Gaza

Informação foi confirmada pelo Ministérios das Relações Exteriores em Berlim

22 jul 2014 - 11h54
(atualizado às 12h20)
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<p>Ibrahim al-Kilani morreu junto da esposa e dos cinco filhos&nbsp;em um ataque a&eacute;reo contra um edif&iacute;cio&nbsp;de Gaza</p>
Ibrahim al-Kilani morreu junto da esposa e dos cinco filhos em um ataque aéreo contra um edifício de Gaza
Foto: AP

Entre as vítimas dos ataques israelenses sobre Gaza há uma família de sete membros com passaporte alemão, confirmaram nesta terça-feira fontes do Ministério das Relações Exteriores em Berlim, depois de a imprensa palestina divulgar a notícia.

A identidade dos falecidos não foi confirmada por funcionários alemães no terreno, como seria o procedimento comum antes de divulgar uma situação com estas características.

As fontes das Relações Exteriores informaram que "todos os indícios existentes" apontam para essa direção.

Trata-se, de acordo com informações da televisão pública ARD, de um homem de 53 anos, Ibrahim al-Kilani, sua esposa Taghrid de 47 e os cinco filhos, com idades que variam entre 4 e 12 anos. Os sete membros da família morreram em um ataque aéreo contra um edifício de Gaza.

Há duas semanas, quando Israel iniciou sua ofensiva aérea contra a cidade de Beit Lahia, norte da Faixa de Gaza, Ibrahim deixou sua casa, situada nessa região, de acordo com o site dpa.com

Ele levou a esposa e os cinco filhos para ficar com parentes no bairro Shejae'yah, em Gaza, mas a família teve de fugir novamente logo após Israel ampliar sua ofensiva, enviando tropas terrestres à Gaza no dia 17 de julho. A família se hospedou então em um apartamento alugado em um prédio de al-Sallam, no centro da cidade, que veio a ser atingido pelos mísseis israelenses.

O engenheiro se mudou há 20 anos para a Alemanha, onde adquiriu nacionalidade após se casar com uma alemã. Ele retornou ao território palestino há 13, onde se casou de novo com a esposa que morreu no ataque.

O governo alemão apelou ontem para que israelenses e palestinos ponham fim aos combates e lamentou o alto número de vítimas civis na Faixa de Gaza, após insistir no direito de se defender de Israel.

A Alemanha mantém tradicionalmente, por razões de responsabilidade histórica, uma atitude muito cautelosa diante do conflito do Oriente Médio e evita críticas as ações do governo de Israel.

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EFE   
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