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Oriente Médio

Série de atentados no Iraque deixa ao menos 70 mortos

27 mai 2013 - 12h34
(atualizado às 15h03)
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Moradores observam carros destruídos nas explosões em Bagdá
Moradores observam carros destruídos nas explosões em Bagdá
Foto: Reuters

Mais de 70 pessoas morreram em uma onda de atentados a mercados de bairros xiitas em Bagdá nesta segunda-feira, num agravamento da violência sectária no Iraque. Nenhum grupo reivindicou responsabilidade pelas explosões, mas insurgentes muçulmanos sunitas e a ala iraquiana da Al-Qaeda têm aumentado os ataques desde o início do ano e muitas vezes miram em bairros xiitas.

Mais de uma dúzia de explosões ocorreram em mercados e áreas comerciais em bairros da capital iraquiana, incluindo explosões seguidas a centenas de metros de distância, que mataram pelo menos 13 pessoas na região de Sadr, na capital, disseram autoridades policiais e hospitalares.

"Um motorista atingiu outro carro e saiu fingindo trazer a polícia de trânsito. Outro carro correu para pegá-lo e logo depois seu carro explodiu entre as pessoas que se reuniram para ver o que estava acontecendo", disse a testemunha Hassan Kadhim. "As pessoas estavam gritando por ajuda e sangue cobria seus rostos."

As tensões entre a liderança xiita e a minoria sunita do país estão em seu pior nível desde que as tropas norte-americanas se retiraram, em dezembro de 2011, e o conflito na Síria também está pressionando o frágil equilíbrio sectário no Iraque.

Mais de 700 pessoas foram mortas em ataques em abril, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), a maior taxa mensal em quase cinco anos. Até agora em maio, mais de 300 morreram.

Milhares de sunitas começaram a realizar protestos de rua em dezembro passado contra o primeiro-ministro xiita, Nuri al-Maliki, a quem acusam de marginalizar sua seita desde a queda de Saddam Hussein, após a invasão de 2003.

Atentados a bomba contra mesquitas xiitas e sunitas, forças de segurança e líderes tribais sunitas estão aumentando as preocupações de que o Iraque possa cair novamente ao nível de violência sectária que matou milhares de pessoas entre 2006 e 2007.

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