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Oriente Médio

Rússia reúne tropas e armamentos pesados na fronteira com Ucrânia

27 mai 2015 - 18h18
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O Exército da Rússia está reunindo tropas e centenas de armamentos, incluindo lançadores móveis de foguetes, tanques e artilharia em uma base perto da fronteira com a Ucrânia, testemunhou nesta semana um repórter da Reuters.

Homens vestindo uniformes militares durante exercícios no campo de treinamento Kuzminsky, na fronteira entre Rússia e Ucrânia, nesta semana. 25/05/2015
Homens vestindo uniformes militares durante exercícios no campo de treinamento Kuzminsky, na fronteira entre Rússia e Ucrânia, nesta semana. 25/05/2015
Foto: Stringer / Reuters

Muitos dos veículos tiveram o número de suas placas e marcas de identificação removidos, ao passo que muitos dos soldados haviam retirado as insígnias de seus uniformes. A aparência é semelhante à de algumas forças vistas no leste ucraniano, onde Kiev e seus aliados ocidentais apontam a presença de destacamentos russos disfarçados.

O cenário montado na base de Kuzminsky, localizada a cerca de 50 quilômetros da fronteira, oferece a mais clara evidência do que parece ser uma concentração de militares russos na área.

No começo deste mês, o comandante militar da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), general Philip Breedlove, disse acreditar que rebeldes separatistas estavam tirando vantagem de um cessar-fogo, que entrou em vigor em fevereiro, para se rearmar e se preparar para uma nova ofensiva. No entanto, ele não deu detalhes.

A Rússia nega que suas forças estejam envolvidas no conflito no leste da Ucrânia, onde separatistas pró-Moscou têm combatido forças do governo ucraniano.

O Ministério da Defesa da Rússia disse que não comentaria imediatamente o assunto. Diversos soldados disseram que haviam sido enviados para a base para exercícios militares, sugerindo que sua presença não estava ligada à situação na Ucrânia.

Questionado pela Reuters se o grande número de armamentos sem identificação e as tropas sem insígnias indicavam que a Rússia planejava invadir a Ucrânia, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse durante uma conferência com repórteres:

"Acho que o jeito que isso foi colocado, 'se uma invasão está sendo preparada', é muito inapropriado."

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