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Oriente Médio

Rússia rejeita acusações dos EUA sobre conflito na Síria

Serguei Lavrov afirmou que a Rússia fez tudo o que podia em relação à violência do regime sírio e que são os "terroristas (que) não obedecem estruturas políticas"

17 fev 2014 - 11h11
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O secretário de Estado americano, John Kerry, conversa com o chanceler russo, Serguei Lavrov, na véspera do início da conferência de paz em Genebra
O secretário de Estado americano, John Kerry, conversa com o chanceler russo, Serguei Lavrov, na véspera do início da conferência de paz em Genebra
Foto: AP

O ministro russo das Relações Exteriores, Serguei Lavrov, rejeitou nesta segunda-feira as acusações de seu colega americano John Kerry que afirmou que a Rússia permite a escalada da violência do regime sírio. "Tudo que prometemos, fizemos", afirmou Lavrov referindo-se às tentativas de solucionar a crise síria. "Em primeiro lugar, trabalhamos dia a dia com as autoridades sírias e, em segundo lugar, os números mostram claramente que não é o regime que cria mais problemas, e sim os terroristas, que se multiplicaram e não obedecem a nenhuma estrutura política", acrescentou.

O secretário de Estado americano, John Kerry, criticou a Rússia nesta segunda-feira em Jacarta por permitir que o presidente da Síria, Bashar al-Assad, permaneça no poder em um país devastado pela guerra. "A Rússia tem que ser parte da solução", reconheceu Kerry. Ele afirmou que Moscou deve deixar de fornecer armas ao regime sírio, já que isto favorece a escalada da violência, ressaltou em Jacarta após o fracasso das negociações em Genebra.

"O regime (sírio) obstrui tudo, não tem feito outra coisa que seguir bombardeando o próprio povo com barris explosivos e destruir o próprio país. E lamento dizer, eles estão fazendo isto com um apoio maior do Irã, do Hezbollah e da Rússia", completou Kerry durante uma entrevista coletiva.

As conversações em Genebra não resultaram em um acordo e existem dúvidas sobre a possibilidade de continuidade. Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), com sede em Londres, o conflito provocou mais de 140 mil mortes em quase três anos. Desde o início das negociações em Genebra, com a mediação da ONU, em janeiro, pelo menos seis mil pessoas morreram no país, segundo o OSDH.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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