A embaixadora dos Estados Unidos na ONU, Samantha Power, acusou nesta quinta-feira a Rússia de manter o Conselho de Segurança "refém" na crise síria. Power declarou a jornalistas que a comunidade internacional não pode permitir que o governo sírio atue impunemente, fazendo uso de armas químicas, porque seu "protetor" russo bloqueia o Conselho.
Com a possibilidade de uma intervenção militar na Síria, Power declarou que a proteção da Rússia ao presidente Bashar al-Assaf coloca sob grande tensão todo o sistema de gestão de crises internacionais do Conselho de Segurança. "Mesmo com o golpe flagrante às normas internacionais contra o uso de armas químicas, a Rússia ainda mantém refém o Conselho e ilude as suas responsabilidades internacionais", disse Power.
A embaixadora, que assumiu o cargo no mês passado, indicou que o sistema do Conselho de Segurança, no qual os cinco membros permanentes (Rússia, EUA, China, França e China) podem vetar qualquer resolução, falhou com o povo sírio. "Em vez disso, o sistema tem protegido as prerrogativas da Rússia, que patrocina um regime que descaradamente cometeu o maior ataque com armas químicas em um quarto de século", ressaltou.
A embaixadora falou após uma autoridade americana revelar que os outros membros da ONU têm evidências de que o regime de Assad lançou um ataque com gás sarin perto de Damasco em 21 de agosto. Power insistiu que as evidências "apontam esmagadoramente para uma conclusão clara: o regime de Assad realizou um ataque indiscriminado de grande escala contra o seu próprio povo com armas químicas".
Rússia e China vetaram três resoluções propostas pelas potências ocidentais destinadas a aumentar a pressão sobre Assad. No entanto, o presidente russo, Vladimir Putin, disse nesta semana que estaria disposto a considerar uma ação se o Conselho de Segurança estivesse convencido de que o governo Assad realizou o ataque de 21 de agosto.
Refugiados sírios passam pela fronteira e entram em território turco para fugir da guerra
Foto: AP
Refugiados sírios chegam a posto de controle fronteiriço de Cilvegozu, na Turquia, fugindo da guerra civil do país. Autoridade da ONU diz que sete milhões de pessoas deixaram suas casas desde o início do conflito em março de 2011, incluindo dois milhões que saíram do país
Foto: AP
Refugiada síria de etnia curda dá banho em filho em campo de refugiados da Acnur em Quru Gusik, no norte do Iraque, 27 de agosto
Foto: AFP
Refugiado curdo posa para foto ao entardecer no campo de Quru Gusik, em imagem do dina 27 de agosto
Foto: AFP
Refugiada síria carrega seu filho em abrigo para imigrantes ilegais nas proximidades de Lyubimets, na Bulgária, em 28 de agosto
Foto: AFP
Refugiados sírios chegam à passagem de Cilvegozu, em Hatay, na Turquia, no dia 31 de agosto
Foto: AFP
Refugiados sírios se preparam para cruzar fronteira com a Turquia em 31 de agosto
Foto: AFP
O refugiados sírio Mohammed Abdullah, 75 anos, posa para fotos no campo de Mafraq, na Jordânia, em 28 de agosto
Foto: AP
Mohammed Abdullah entra em sua tenda, que divide com sua família, em campo de refugiados na Jordânia
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A menina Afrah Abdullah, 11 anos, posa com brinquedos que recebeu em campo de refugiados na localidade de Mafraq, na Jordânia, em 28 de agosto
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Shehada Nabelsi, 45 anos, toca instrumento típico da Síria no campo de refugiados na Jordânia. Ele faz parte do primeiro conjunto musical surgido no acampamento
Foto: AP
Mulheres sírias se cumprimentam ao chegarem à passagem de Cilvegozu, na Turquia, em 30 de agosto
Foto: AP
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