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Oriente Médio

Rússia lamenta que oposição síria não confirme participação em conferência

22 mai 2013 - 13h10
(atualizado às 13h49)
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O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, lamentou nesta quarta-feira que a oposição síria não tenha confirmado, em uma reunião em Madri, a participação na conferência internacional para a resolução do conflito na Síria proposta por Rússia e EUA.

"Por enquanto, as notícias não são animadoras, já que durante a reunião com parte da oposição síria em Madrid não foi tomada nenhuma decisão sobre sua participação nas negociações incondicionais prévias", afirmou Lavrov, citado pelas agências locais.

O chefe da diplomacia russa, que fez as declarações no começo da reunião com o vice-ministro de Relações Exteriores da Síria, Faiçal al Miqad, expressou sua confiança em que os diferentes grupos opositores sírios mostrem uma atitude construtiva.

Lavrov destacou que a Rússia mantém um estreito contato com os países que têm ascendência sobre os rebeldes e espera que exerçam essa influência para pôr fim ao conflito.

Ao mesmo tempo, Lavrou tachou o recente sequestro do pai de Miqad de uma tentativa de frustrar a pequena esperança de progresso sobre uma possível resolução política do conflito, que surgiu com a iniciativa da conferência.

"Este é um ato inaceitável por parte dos opositores armados. O caso é que contribuiu para obstruir os esforços para a convocação da conferência", ressaltou.

Lavrov assegurou que a Rússia, "como país sinceramente interessado no bem-estar da Síria, não cairá nas provocações". "Esperamos que os dirigentes sírios mantenham firme o rumo atual resolução política", acrescentou.

Por sua vez, Lavrov ressaltou que a Rússia avalia "a construtiva reação das autoridades sírias perante a proposta (de uma conferência internacional) e consideramos importante que sua visita permita abordar detalhes concretos".

"A situação demanda uma imediata cessação das ações militares e o começo do diálogo político. O objetivo deste evento apoia que os mesmos sírios apontem, sem ingerência exterior, como veem o futuro de seu país", apontou.

Durante a reunião em um hotel próximo de Madri, dirigentes da oposição do país árabe pediram ontem a saída do líder sírio, Bashar al Assad, e colocaram um governo de transição respaldado pela ONU.

Além disso, acordaram que será dentro de duas semanas em Istambul quando a oposição unificada decidirá se acode ou não à conferência internacional.

Lavrov ressaltou esta semana a importância de que a oposição síria mude de postura, deixe de "colocar coisas irreais" - como a renúncia de Assad - e participe da conferência incondicional prévias.

Em 7 de maio, o secretário de Estado americano, John Kerry, assegurou em Moscou que a conferência seria baseada no Comunicado de Genebra, que propõe um governo de transição com representação do regime e dos rebeldes, documento que seria uma sorte de "roteiro" para uma nova Síria sem violência.

EFE   
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