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Oriente Médio

Rússia impedirá que ONU aprove intervenção na Síria

18 jan 2012 - 09h01
(atualizado às 09h20)
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O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov, afirmou nesta quarta-feira que seu país vai se opor a qualquer resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas que pretenda aprovar uma intervenção militar na Síria.

"Se alguém tiver a intenção de usar a força a qualquer preço - ouvi pedidos para o envio de tropas árabes à Síria - dificilmente poderemos impedir, mas não receberá nenhuma ordem do Conselho de Segurança", disse Lavrov em entrevista coletiva.

O ministro russo indicou que os estados ocidentais tentam excluir do projeto de resolução sobre a Síria apresentado pela Rússia ao Conselho de Segurança o item que estabelece que nenhum ponto do documento pode ser interpretado como pretexto para uma intervenção militar nesse país árabe.

Lavrov acrescentou que a Rússia e a China concordam que a resolução sobre a Síria deve contemplar a não intervenção da ONU nos assuntos internos sírios, além do veto expresso que o documento seja empregado como aval para o uso da força contra esse país.

"Para nós tudo está muito claro: não apoiaremos nenhuma medida, porque as sanções unilaterais foram impostas sem consultar a Rússia e a China", ressaltou.

O chefe da diplomacia russa expressou que Moscou defende uma solução negociada do conflito na Síria. "Convocamos todos os participantes do drama sírio a uma reunião o mais rápido possível para definir o começo de um diálogo nacional", declarou.

Lavrov destacou que a Liga Árabe propôs que essa reunião fosse realizada no Cairo e manifestou que a Rússia também está disposta a recebê-la. "Se para alguém for complicada essa reunião no Cairo, nós estamos dispostos a receber em nosso território todas as partes sírias e, sem nenhum tipo de intromissão, criar as condições para que comecem a chegar a um acordo", ressaltou.

O ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, participa de coletiva de imprensa em Moscou
O ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, participa de coletiva de imprensa em Moscou
Foto: Reuters
EFE   
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