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Oriente Médio

Rússia diz que regime sírio aceita negociar com oposição

5 nov 2015 - 11h35
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O regime sírio está disposto a se sentar para negociar com a oposição com a supervisão da ONU para um acerto político do conflito, conforme Damasco transmitiu às autoridades russas, disse nesta quinta-feira a porta-voz das Relações Exteriores, Maria Zakharova.

"Recebemos a confirmação, concretamente, de Damasco, que estão dispostos a se somar a um encontro que deve ser realizado sob a supervisão da ONU, para o diálogo entre as autoridades oficiais sírias e representantes da oposição", assinalou Zakharova em entrevista coletiva.

Ela insistiu que "da parte de Damasco já temos a confirmação" e acrescentou que agora se trata de conseguir formar uma lista com os grupos da oposição que querem se integrar em uma delegação única para participar dessas negociações.

A porta-voz afirmou que o regime do presidente Bashar al Assad "está consciente" de que os militares russos desdobrados na Síria para a intervenção aérea realizada por Moscou mantêm contatos com a oposição.

"Damasco sabe, claro. Não estamos escondendo este trabalho, embora parte dele não seja público", assinalou Zakharova.

Segundo informou há poucos dias o Ministério da Defesa russo, sua força aérea bombardeou 20 alvos do Estado Islâmico graças às coordenadas fornecidas pelos grupos opositores.

Ontem, o ministro russo de Relações Exteriores, Sergei Lavrov, assinalou que Moscou apoia os esforços do enviado da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, para sentar em uma mesa de negociações a representantes da oposição e do regime de Assad, após ambos se reunirem na capital russa.

Lavrov disse esperar que nos próximos dias possa se lembrar de uma lista de grupos da oposição moderada dispostos a negociar o futuro de seu país.

"Trata-se de saber quem pertence a essa oposição que se diz moderada e que deveria fazer parte das negociações que o enviado da ONU e sua equipe estão preparando no contexto do acerto político da crise síria", afirmou.

O chefe da diplomacia russa também disse que, igualmente, deve ficar claro que grupos dos que atuam na Síria são considerados "terroristas" e não estariam cobertos por um eventual cessar-fogo que tanto Rússia como EUA, além dos demais atores externos do conflito, buscam nas conversas que começaram em Viena.

EFE   
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