Rússia detém suposto agente da CIA em Moscou
Os serviços secretos russos detiveram um suposto agente americano da CIA e o entregaram à embaixada de Washington em Moscou, informou nesta terça-feira o Serviço de Segurança Federal da Rússia (FSB, ex-KGB), citado por agências locais.
O agente, identificado como Ryan C. Fogle, que, segundo as autoridades russas trabalhava incógnito em seu posto de terceiro secretário da embaixada, carregava quando foi detido na segunda-feira "material técnico e instruções escritas para recrutar um cidadão russo", segundo as agências. Ele também transportava "uma grande soma de dinheiro e material para mudar a aparência de uma pessoa".
Segundo o FSB, "os serviços de inteligência dos Estados Unidos tentaram em várias ocasiões recrutar integrantes das forças de segurança e dos serviços especiais russos". "Os serviços de inteligência dos Estados Unidos tentaram em várias ocasiões recrutar integrantes das forças de segurança e dos serviços especiais russos", acrescentou.
Fotos publicadas pela televisão pública russa em inglês mostram um documento intitulado "instruções impressas para os cidadãos russos que forem recrutados". "Estimado Amigo: Isto é um adiantamento de alguém que está impressionado por seu profissionalismo e que valorizaria muito que você cooperasse conosco no futuro", indica o suposto documento utilizado por Fogle.
Segundo este documento, o governo americano estaria disposto a pagar US$ 100 mil no ato. "Além disso, oferecemos até um milhão por ano por cooperação no longo prazo", afirma.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia convocou o embaixador dos Estados Unidos, Michael McFaul, após a detenção do funcionário. Uma porta-voz do ministro disse que McFaul, um ex-assessor do presidente Barack Obama, foi chamado ao ministério, sem dar mais detalhes.
O incidente ocorre no âmbito de tensões entre os dois países pela guerra civil na Síria e pelas denúncias dos Estados Unidos, que condenam a repressão das vozes dissidentes do governo do presidente Vladimir Putin.
Com informações adicionais da Reuters