Rússia critica possível intervenção na Síria e compara país ao Iraque
A Rússia disse neste domingo que erros do passado não devem ser cometidos novamente na Síria e lembrou que há dez anos os Estados Unidos utilizaram a falsa informação de que o Iraque tinha armas de destruição em massa para invadir este país sem autorização da ONU.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Aleksandr Lukashevich, afirmou que Moscou vê com preocupação os pedidos que partem de Paris, Londres e outras capitais para "uma reação decidida" contra o suposto emprego de armas químicas por parte das Forças Armadas sírias.
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Esta exigências, acrescentou, omitem "fatos que apontam que essa ação (o suposto ataque químico em Guta Oriental, nos arredores de Damasco) foi uma provocação da oposição intransigente", como denunciou o governo de Damasco.
Lukashevich pediu atenção sobre as declarações do secretário de Defesa americano, Chuck Hagel, que disse hoje na Malásia que o Pentágono "está preparado" se o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, optar por uma intervenção militar na Síria.
"Tudo isto nos obriga a lembrar os eventos de dez anos atrás, quando sob o pretexto de uma informação falsa, que os iraquianos dispunham de armas de destruição em massa, os Estados Unidos lançaram uma aventura cuja consequências são por todos conhecidas", criticou o porta-voz em uma declaração divulgada pelo site da chancelaria.
