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Oriente Médio

Rússia anuncia que curdos não participarão de início de negociações sírias

27 jan 2016 - 13h22
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Os representantes do partido curdo-sírio PYD não foram convidados à primeira rodada das conversas de paz para a Síria, que devem começar esta semana em Genebra, anunciou nesta quarta-feira o vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia, Gennady Gatilov.

O enviado especial da ONU para a Síria, Staffan de Mistura, "não enviou convite para a primeira etapa das negociações sírias ao Partido da União Democrática (PYD), mas reservou assentos e prevê convidá-los para períodos posteriores", disse Gatilov à agência "Interfax".

"Achamos que os curdos devem participar das conversas porque se trata de uma parte importante da sociedade síria que controla consideráveis territórios na Síria. Por isso não seria compreensível nem tolerável resolver sem eles questões relativas ao futuro do Estado e do povo sírio", advertiu Gatilov.

O ministro de Relações Exteriores da Turquia, Mevlüt Çavusoglu, declarou ontem que seu país boicotaria as conversas de paz se representantes do PYD participassem, por considerá-los uma "organização terrorista" por uma alegada vinculação ao grupo armado Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

Por sua vez, o ministro de Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, advertiu ontem que as negociações de Genebra não darão frutos se não se incluírem o PYD como um dos interlocutores.

"Nós achamos que, sem este participante, as negociações não vão dar frutos. Os curdos representam 15% da população (da Síria) e ocupam um território chave", ressaltou o ministro russo.

Lavrov, no entanto, deu a entender que Moscou não colocará impedimentos às conversas de Genebra caso os curdos não participem, ao ressaltar que cabe a Mistura convidar aos participantes.

EFE   
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