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Oriente Médio

Rússia acusa ONU de fazer "chantagem" com regime sírio

16 jul 2012 - 06h00
(atualizado às 08h26)
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A Rússia acusou as Nações Unidas de fazerem "chantagem" com a Síria, por meio de ameaças e sanções. O ministro das Relações Exteriores do país, Sergei Lavrov, reforçou a oposição russa à intervenção estrangeira na política da nação asiática.

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Lavrov conversou com jornalistas antes de reunião com Annan
Lavrov conversou com jornalistas antes de reunião com Annan
Foto: Reuters

Em coletiva de imprensa realizada em Moscou nesta segunda-feira, pouco antes de um encontro com o mediador internacional para a Síria, Kofi Annan, o ministro russo demonstrou que o país, que tem poder de veto no Conselho de Segurança da ONU, não deve recuar no posicionamento atual.

"Lamentamos muito, mas vemos elementos de chantagem", declarou Lavrov, afirmando que as potências ocidentais pressionaram a Rússia a aceitar as sanções e que, caso contrário "se recusariam a prolongar o mandato da missão de observadores" na Síria.

"Consideramos que é uma atitude absolutamente contraproducente e perigosa", acrescentou. As negociações da semana passada no Conselho de Segurança da ONU sobre um projeto de resolução sobre a Síria se converteram em uma disputa entre os ocidentais e a Rússia.

"Não poderemos permitir a aprovação de uma resolução do Conselho de Segurança que não seja baseada nos acordos de Genebra", disse ele se referindo a um plano acordado em negociações internacionais sobre a Síria em 30 de junho. "Se nossos parceiros decidirem bloquear nossa resolução a qualquer custo, então a missão da ONU não terá um mandato e terá de deixar a Síria. Isso seria uma pena."

Questionado sobre os esforços internacionais para forçar Assad a deixar o poder, Lavrov disse que muitos sírios ainda apoiam o presidente. A Rússia defendeu Assad na ONU ao bloquear a imposição de sanções e ao descartar o uso de força externa para pôr fim ao conflito. Moscou também continuou a fornecer armas ao governo sírio, desde o início da revolta contra Assad.

Com informações da AFP e da Reuters

Fonte: Terra
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