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Oriente Médio

Rússia acusa EUA de ter padrões distintos sobre Síria

22 fev 2013 - 08h52
(atualizado às 08h55)
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A Rússia acusou os Estados Unidos de usar dois pesos distintos a respeito da Síria e culpou Washington, nesta sexta-feira, pelo bloqueio a uma declaração do Conselho de Segurança da ONU condenando um ataque com carro-bomba em Damasco.

Chanceler da Rússia, Sergei Lavrov, participa de coletiva de imprensa com o ministro chinês Yang Jiechi em Moscou, Rússia. A Rússia acusou os Estados Unidos de usar dois pesos distintos a respeito da Síria e culpou Washington, nesta sexta-feira, pelo bloqueio a uma declaração do Conselho de Segurança da ONU condenando um ataque com carro-bomba em Damasco. 22/02/2013
Chanceler da Rússia, Sergei Lavrov, participa de coletiva de imprensa com o ministro chinês Yang Jiechi em Moscou, Rússia. A Rússia acusou os Estados Unidos de usar dois pesos distintos a respeito da Síria e culpou Washington, nesta sexta-feira, pelo bloqueio a uma declaração do Conselho de Segurança da ONU condenando um ataque com carro-bomba em Damasco. 22/02/2013
Foto: Maxim Shemetov / Reuters

O carro-bomba matou 53 pessoas na quinta-feira em uma rua movimentada da região central de Damasco, danificando prédios próximos da embaixada russa na capital síria.

"Estamos desapontados que, como resultado da posição dos Estados Unidos no Conselho de Segurança da ONU, o ato terrorista na Síria não tenha sido condenado", disse o chanceler russo, Sergei Lavrov, em entrevista coletiva conjunta após encontro com o ministro das Relações Exteriores da China.

"Acreditamos que esse é um padrão duplo e vemos nele uma tendência muito perigosa de nossos colegas norte-americanos para afastar-se do princípio fundamental da condenação incondicional a qualquer ato terrorista, um princípio que assegura a unidade da comunidade internacional na luta contra o terrorismo."

A Rússia usou seu status de membro permanente do Conselho de Segurança da ONU para proteger o presidente sírio, Bashar al-Assad, de três resoluções consecutivas destinadas a colocar pressão sobre ele para acabar com o conflito de quase dois anos que já deixou mais de 70 mil mortos, segundo a ONU.

Os Estados Unidos têm pressionado pela saída de Assad, mas Moscou diz que a sua remoção não deve ser uma pré-condição para qualquer solução do conflito.

(Reportagem de Alessandra Prentice)

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