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Oriente Médio

Rohani toma posse após 5 décadas de luta pela revolução islâmica

4 ago 2013 - 12h55
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O novo presidente do Irã, o clérigo xiita moderado Hassan Rohani, tomou posse do cargo neste domingo perante o Parlamento da República Islâmica e deve ficar à frente do país pelos próximos quatro anos, após quase cinco décadas de luta pela revolução islâmica.

Na cerimônia oficial de posse, os chefes do Parlamento e Poder Judiciário, os irmãos Ali e Sadeq Amoli Larijani, discursaram antes de Rohani.

A Agência Laboral de Notícias Iraniana (ILNA) divulgou a lista do gabinete escolhido por Rohani, que ainda precisará ser aprovada pelo Parlamento, que por sua vez já anunciou que não aceitará ministros reformistas.

Em seu discurso de posse, Rohani repetiu o que já havia apresentado em sua candidatura à presidência e, sobre as relações exteriores, ressaltou que o Irã manterá "uma interação construtiva e em pé de igualdade" com o resto do mundo.

Em relação às sanções internacionais impostas ao Irã por seu programa nuclear, especialmente pelos Estados Unidos e pela União Europeia, Rohani insistiu que "os iranianos não podem ser vencidos através da imposição de sanções e ameaças de guerra", em referência às advertências sobre a utilização da força militar de Washington e Tel Aviv.

"É preciso estabelecer um diálogo a partir de uma posição de igualdade" sobre o programa nuclear, que alguns governos, liderados pelo americano, acreditam que tenha uma vertente militar, embora Teerã garanta que os objetivos sejam exclusivamente civis e pacíficos.

"Nos moveremos conforme a atuação da outra parte", disse Rohani sobre a negociação nuclear. "Se querem uma resposta adequada, não nos imponham a linguagem das sanções, mas a do respeito", disse em meio a aplausos do Parlamento.

Quanto ao fato de Teerã ser o principal aliado do regime sírio do presidente Bashar al Assad, opondo-se ao Ocidente e à maior parte dos países árabes, Rohani garantiu que "a República Islâmica do Irã busca a paz e a estabilidade na região".

"O Irã é a âncora da estabilidade regional. Não pretendemos mudar os limites (dos países) ou os governos, pois o regime político de cada um depende do desejo de seu próprio povo", afirmou o novo governante iraniano.

EFE   
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