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Irã abre portas a empresários dos EUA após acordo nuclear

17 jan 2016 - 14h51
(atualizado às 15h11)
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O presidente do Irã, Hassan Rohani, abriu neste domingo a porta aos empresários americanos que quiserem investir no Irã, para que o único obstáculo seria a legislação de seu país, uma vez que já foram eliminadas as sanções internacionais.

"Se os americanos querem investir no Irã, não há obstáculos" disse o presidente em um encontro com a imprensa em que falou sobre o início ontem à noite do Plano Integral de Ação Conjunta (JCPOA).

Presidente do Irã, Hassan Rohani, diz que não há obstáculos para americanos
Presidente do Irã, Hassan Rohani, diz que não há obstáculos para americanos
Foto: Spencer Platt / Getty Images

O presidente iraniano insistiu que a partir de agora são os Estados Unidos que devem eliminar seus impedimentos para poder ter laços comerciais com o Irã, e lembrou que já foram dados passos nesse sentido em alguns campos.

"No campo da venda de aviões de passageiros, eles já proporcionaram as facilidades e eliminaram os impedimentos", disse, em referência à autorização dada ontem mesmo pelo presidente americano, Barack Obama, ao secretário de Estado, John Kerry, para permitir às empresas a venderem e enviarem material aéreo ao Irã.

Além disso, também assinalou que Washington "eliminou os impedimentos" para a importação de alguns produtos iranianos, como tapetes, açafrão e pistaches sem nenhum problema.

"Para os povos dos dois países será melhor que os Estados Unidos eliminem os impedimentos econômicos que tem com o Irã. Seria um favor ao povo dos Estados Unidos e ao do Irã que estes obstáculos que existem por vontade americana sejam superados", insistiu.

Ontem à noite entrou em vigor o acordo anunciado em julho pelo Irã e pelo Grupo 5+1 (Estados Unidos, França, Rússia, Reino Unido, China e Alemanha), que limita a capacidade iraniana de desenvolver armas atômicas em troca do fim das sanções econômicas.

Irã e Estados Unidos romperam relações diplomáticas e praticamente toda troca comercial após a Revolução Islâmica em 1979.

No entanto, a aproximação durante as negociações para o acordo nuclear, a primeira vez em 36 anos em que seus diplomatas estiveram frente a frente publicamente, abriu um processo de degelo sem precedentes.

EFE   
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