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Oriente Médio

Relatório da ONU exige fim da colonização de Israel na Cisjordânia

31 jan 2013 - 08h25
(atualizado às 09h52)
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Um relatório de analistas independentes solicitado pelo Conselho dos Direitos Humanos da ONU exige que Israel inicie de forma imediata o desmantelamento de todos os assentamentos de colonos nos territórios palestinos ocupados. Reagindo de modo imediato ao relatório, Israel rejeitou suas conclusões e afirmou que as mesmas"dificultam os esforços de paz".

Fotografia de 13 de janeiro mostra parte das colônias conhecidas como E1, na Cisjordânia
Fotografia de 13 de janeiro mostra parte das colônias conhecidas como E1, na Cisjordânia
Foto: AFP

"Israel deve (…) cessar todas as atividades de colonização de forma incondicional (e) iniciar de forma imediata o processo de retirada de todos o colonos dos territórios ocupados", destaca o relatório. Por causa da existência dos assentamentos, as violações dos direitos humanos dos palestinos "são sistemáticas e cotidianas", completa o relatório, elaborado pela francesa Christine Chanet, a paquistanesa Asma Jahangir e a botsuanesa Unity Dow.

O trabalho, que será apresentado em 18 de março aos 47 membros do Conselho de Direitos Humanos, também urge o Estado hebreu a "garantir uma adequada, eficaz e rápida solução para todas as vítimas palestinas pelos danos que sofreram em consequência das violações dos direitos humanos resultantes da colonização".

Israel considerou "tendencioso" o relatório e considerou que seu texto "prejudica os esforços para encontrar uma solução ao conflito". "Medidas contraproducentes como este relatório não farão mais do que prejudicar os esforços para encontrar uma solução duradoura ao conflito israelense-palestino", afirmou em um comunicado o ministério das Relações Exteriores israelense.

Em março de 2012, o Conselho dos Direitos Humanos anunciou o envio de uma missão para determinar o impacto dos assentamentos sobre os direitos humanos dos palestinos. A decisão enfureceu Israel, que rompeu todos os vínculos com o organismo. Na terça-feira, Israel boicotou uma sessão especial do Conselho que era dedicada ao país, um fato inédito na história da instância, que finalmente adiou os debates "no mais tardar para outubro-novembro de 2013".

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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