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Oriente Médio

Relatório da ONU aponta rede Al-Qaeda "fragmentada e enfraquecida"

Apesar das perdas, texto de especialistas apresentado ao Conselho de Segurança afirma que grupo terrorista ainda representa perigo real

7 ago 2013 - 20h40
(atualizado às 20h57)
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A rede Al-Qaeda continua sendo uma ameaça significativa, e os grupos associados a ela "continuam inovando no que diz respeito aos objetivos, às táticas e à tecnologia", revela um relatório da ONU. O mesmo texto, todavia, indica que o grupo terrorista está "fragmentado e enfraquecido", sem grandes desenvolvimentos "nos últimos seis anos".

Segundo o documento transmitido ao Conselho de Segurança por um grupo de especialistas da ONU, o número um da Al-Qaeda, Ayman al-Zawahiri, "mostrou pouca capacidade para unificar e dirigir os grupos ligados à Al-Qaeda". "O núcleo duro da Al-Qaeda não experimentou nenhuma melhora nos últimos seis anos", afirmam os autores do relatório. "Seu comando, situado na região fronteiriça entre Afeganistão e Paquistão, continua divulgando declarações, mas se mostra pouco capaz de dirigir operações de maneira centralizada".

Os especialistas advertem, porém, que "a diminuição efetiva de suas capacidades e a menor atração que a Al-Qaeda exerce não significa que a ameaça de ataques tenha desaparecido". O informe destaca que "a propaganda terrorista na Internet é cada vez mais ampla e sofisticada" e que os recentes atentados de Boston e de Londres "lembram o desafio que continuam representando os atos de violência terrorista cometidos por indivíduos e pequenos grupos".

Além disso, o conflito na Síria "viu emergir uma forte presença da Al-Qaeda", proveniente do braço iraquiano do movimento, que "atrai centenas de recrutas" estrangeiros. Ainda segundo os autores do estudo, "a Al-Qaeda e suas filiais estão mais diversificadas e são mais variadas do que antes e apenas estão vinculadas por uma ideologia imprecisa e um apego à violência terrorista".

Os especialistas acrescentam que "a diversificação dos grupos ligados à Al-Qaeda não diminuiu a ameaça que eles representam para a população civil, os governos nacionais e os objetivos escolhidos nas zonas de operação de cada filial".

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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