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Oriente Médio

Rei da Jordânia aprova novo governo após renúncia do anterior

9 fev 2011 - 16h05
(atualizado às 17h21)
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O rei Abdullah II da Jordânia emitiu nesta quarta-feira um decreto para aprovar o novo governo do recém-nomeado primeiro-ministro Marouf al-Bakhit, constituído após a renúncia do gabinete anterior no último dia 1º, pressionado pelos protestos no país.

Imagem divulgada pelo Palácio Real da Jordânia mostra o rei jordaniano, Abdullah II (à frente, ao centro) com o novo governo da Jordânia em Amã
Imagem divulgada pelo Palácio Real da Jordânia mostra o rei jordaniano, Abdullah II (à frente, ao centro) com o novo governo da Jordânia em Amã
Foto: AFP

Segundo a agência de notícias estatal Petra, os ministros do antigo Executivo, liderado por Samir al-Rifai, que se mantêm no cargo são Nasser Judeh (Exteriores), Saad Srour (Interior) e Mohammad Abu Hammour (Finanças).

No novo gabinete, Bakhit incluiu figuras de esquerda e vinculadas ao pan-arabismo, como o editor-chefe do diário independente Al Arab Al-Youm , Taher Aduan, designado ministro de Estado para Assuntos de Comunicação.

Além disso, o conhecido colunista Tareq Masarweh estará à frente do ministério da Cultura, enquanto o presidente da Associação de Advogados Jordaniana, Hussein Megali, foi eleito ministro da Justiça.

O grupo Irmandade Muçulmana da Jordânia e seu braço político, a Frente de Ação Islâmica (FAI), rejeitaram se unir ao novo Executivo e preferiram permanecer na oposição para garantir reformas genuínas para dissolver o Parlamento e organizar eleições limpas.

Na carta de nomeação de Bakhit no último dia 1º, o monarca ressaltou a importância de empreender "reformas políticas e econômicas", sobretudo, para emendar a controvertida lei eleitoral.

A FAI, maior partido da Jordânia, decidiu boicotar as eleições legislativas de 9 de novembro. Ela considerou o fracasso do governo no momento de adotar uma nova norma eleitoral que assegurasse uma representação proporcional.

Além disso, a FAI, políticos independentes e analistas locais expressaram dúvidas sobre a capacidade de Bakhit de iniciar as reformas, já que esteve à frente do governo durante as eleições de 2009, que, segundo a oposição, foram fraudadas.

EFE   
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