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Oriente Médio

Regime sírio toma controle de um bairro de Homs com ajuda do Hezbollah

2 mai 2013 - 11h55
(atualizado às 11h59)
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As forças do regime sírio tomaram nesta quinta-feira o controle do bairro de Sayeh na cidade de Homs com a ajuda de combatentes do grupo xiita libanês Hezbollah, denunciou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Esse grupo independente, com base em Londres e uma ampla rede de colaboradores no terreno, explicou que a intenção das tropas governamentais após esta conquista é cercar os bairros estratégicos de Homs e estender-se a outros pontos da província.

Durante a ofensiva, um míssil terra-terra impactou em Sayeh e destruiu totalmente um edifício, sem que até agora se tenha podido comprovar se há vítimas, acrescentaram por sua parte os opositores Comitês de Coordenação Local (LCC).

O envolvimento de milicianos do Hezbollah - fiel aliado de Damasco - no conflito, sobretudo em áreas fronteiriças de Homs, vem sendo denunciado há meses pela oposição síria.

O chefe do Hezbollah, xeque Hassan Nasrallah, assegurou há dois dias que "os amigos da Síria" não permitirão que o país caia em mãos dos Estados Unidos nem dos grupos extremistas e que seu grupo não duvidará em defender aos libaneses que se encontram na Síria.

Além de Homs, a violência castigou mais um dia zonas dos arredores de Damasco como o subúrbio de Yarmana e a área periférica de Guta al Sharquiya, onde as tropas do regime lançaram várias bombas.

Na periferia de Damasco, a agência estatal de notícias "Sana" informou, por sua vez, que o exército conseguiu causar danos materiais às sedes de "grupos terroristas" nas cidades de Harsata e Duma, onde tomaram de suas armas e munição.

Os combates entre as forças governamentais e os rebeldes se recrudesceram na província de Deir ez Zor e na cidade de Baniyas, na região litorânea de Tartus, que foi bombardeada.

A onda de protestos iniciada em março de 2011 na Síria levou a uma sangrenta guerra civil, com mais de 70 mil mortos e milhões de deslocados internos e refugiados, segundo dados da ONU, que fixou em 6,8 milhões o número de pessoas que precisam de assistência.

EFE   
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