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Oriente Médio

Regime sírio e Hezbollah enviam reforços a Al Qusair, diz oposição

29 mai 2013 - 11h52
(atualizado às 12h35)
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O regime de Damasco e o grupo xiita libanês Hezbollah enviaram reforços à cidade de Al Qusair, no oeste da Síria, onde estão enfrentando os rebeldes, apesar ao ultimato dado ontem, terça-feira, pelo líder do Exército Livre Sírio (ELS), Salim Idris.

O ativista Yad al Yamani, de Al Qusair, contou à Agência Efe pela internet que tanto o Hezbollah como a Guarda Republicana síria, a tropa de elite do regime, mandaram reforços para a cidade.

Os soldados do regime de Damasco chegaram com 26 carros blindados à região de Abudiya, na periferia da população, próxima à fronteira com o Líbano, acrescentou Al Yamani.

Em declaração à rede de televisão "Al Arabiya", ontem, Idris, chefe do Estado-Maior do ELS, deu um ultimato de 24 horas para que o Hezbollah encerre suas operações em território sírio, e ameaçou adotar "todas as medidas" se isso não ocorresse.

Os Comitês de Coordenação Local, de oposição, afirmaram que o ELS evitou nesta manhã a chegada de um comboio militar das forças do regime composto por 40 tanques e 30 veículos com metralhadoras a Al Qusair.

Por sua vez, o comando conjunto do ELS afirmou em comunicado que seus homens mataram mais de 40 milicianos do Hezbollah e causaram ferimentos a mais de 70 nos últimos dois dias na região.

A nota ressalta que o ELS abortou nas últimas horas tentativas do Hezbollah e da "shabiha", combatentes pró-governo, de irromper na população através das áreas de Al Shenshar e de Al Dabaa.

Enquanto isso, hoje continuaram os bombardeios contra o Al Qusair, onde, segundo o Observatório Sírio de Direitos Humanos, a aviação militar fez cinco ataques aéreos.

Desde o último dia 19, as forças do regime sírio, apoiadas por membros do Hezbollah, realizam uma ofensiva contra os rebeldes em Al Qusair.

A cidade, de uns 25 mil habitantes, é um enclave estratégico para os insurgentes devido a sua localização na rota que conecta o norte do Líbano, de maioria sunita, com a província central de Homs, o que permite o abastecimento de armas.

Também é fundamental para o regime, já que essa estrada liga Damasco com seus redutos do litoral mediterrâneo, de maioria alauita, seita a que o presidente sírio, Bashar al Assad, pertence.

EFE   
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