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Oriente Médio

Rebeldes sírios rejeitam acordo Rússia-EUA e dizem que continuarão sua luta

14 set 2013 - 10h07
(atualizado às 10h09)
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O chefe do Exército Livre Sírio (ELS), Salim Idris, rejeitou neste sábado o acordo alcançado entre Rússia e Estados Unidos para que Damasco coloque seu arsenal químico sob controle internacional e disse que os rebeldes continuarão sua luta contra o regime.

"Não estamos interessados em nenhuma parte da iniciativa porque nós não temos armas químicas. Meus colegas e eu continuaremos os combates até a queda do regime", prometeu Idris em entrevista coletiva concedida em Istambul, na Turquia, transmitida pelas televisões árabes.

O líder rebelde se queixou que o plano apresentado por Moscou para que Damasco deixe suas armas químicas sob supervisão internacional não fala do povo sírio nem do armamento convencional.

"É como se o sangue dos sírios fosse uma ponte para destruir só as armas químicas", queixou-se Idris. Para o líder, não é possível que um "criminoso entregue a ferramenta do crime e seja deixado livre".

"É preciso levar Assad (o presidente sírio, Bashar al Assad) para os tribunais internacionais", pediu. Além disso, Idris expressou sua desconfiança com a Rússia, país considerado "parceiro no assassinato dos sírios".

Para o dirigente rebelde, o plano é uma "estratégia para ganhar tempo e encontrar uma salvação para o regime criminoso".

Idris denunciou que nos últimos dias os rebeldes receberam informações de que as autoridades sírias estão transferindo armas químicas ao Líbano e ao Iraque para ganhar tempo.

Mas apesar de rejeitar o plano russo, aceito pelo governo sírio, o opositor assegurou que o ELS não vai obstaculizar o trabalho dos inspetores internacionais que vierem para a Síria para verificar o desmantelamento do arsenal químico.

"Facilitaremos seus movimentos, mas não vai haver um cessar-fogo", avisou. Idris explicou que a oposição armada não tem intenção de comparecer nas negociações com o regime em Genebra até conseguir "garantias de que Bashar e seu grupo criminoso não terão um lugar na Síria" no futuro.

EFE   
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