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Oriente Médio

Rebeldes sírios libertam observadores da ONU na fronteira jordaniana

9 mar 2013 - 12h04
(atualizado às 13h04)
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Os 21 observadores filipinos da ONU sequestrados perto das Colinas do Golã foram entregues neste sábado pelos rebeldes sírios às Nações Unidas e às autoridades jordanianas na fronteira entre a Síria e a Jordânia, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). A associação detalhou que a operação aconteceu na zona fronteiriça do vale de Al Yarmouk, onde foram libertados os observadores, capturados na quarta-feira como reféns na aldeia síria de Al Yumla.

Um porta-voz da chamada Brigada dos Mártires de Yarmouk confirmou ao OSDH a entrega dos observadores, que, segundo sua versão, haviam "permanecido como hóspedes" os quatro últimos dias em Yumla. "Eles chegaram à Jordânia, estão agora em solo jordaniano", disse o porta-voz do governo jordaniano, Samih Maaytah.

Os observadores filipinos foram sequestrados na quarta-feira passada pelos rebeldes e fazem parte da missão da ONU nas Colinas do Golã (UNDOF), que supervisiona o cumprimento do cessar-fogo entre Israel e Síria nessa região, ocupada pelo Estado judeu na Guerra dos Seis Dias, de 1967.

Os supostos sequestradores divulgaram um vídeo no YouTube
Os supostos sequestradores divulgaram um vídeo no YouTube
Foto: AFP

Após o sequestro, a UNDOF suspendeu as patrulhas noturnas na área e ordenou a retirada de seus militares em duas zonas especialmente expostas ao fogo cruzado. O Conselho de Segurança da ONU e o secretário-geral deste organismo, Ban Ki-moon, condenaram a retenção dos observadores e exigiram sua libertação "imediata e incondicional".

Em uma gravação de vídeo divulgada há dois dias, os observadores apareciam vestidos com uniforme militar no interior de uma casa e um deles, identificado como capitão do batalhão, assegurava que estavam a salvo.

Na sexta-feira, uma primeira tentativa de retirar os observadores do povoado de Jamla fracassou devido a um bombardeio do Exército em um setor próximo que obrigou o comboio da ONU responsável pelo resgate a recuar.

Mas, também na sexta-feira, o regime estabeleceu com a ONU uma trégua para permitir a retirada dos observadores. Trata-se do primeiro sequestro deste tipo desde o início do conflito na Síria, há quase dois anos.

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EFE   
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