Os 21 observadores filipinos da ONU sequestrados perto das Colinas do Golã foram entregues neste sábado pelos rebeldes sírios às Nações Unidas e às autoridades jordanianas na fronteira entre a Síria e a Jordânia, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH). A associação detalhou que a operação aconteceu na zona fronteiriça do vale de Al Yarmouk, onde foram libertados os observadores, capturados na quarta-feira como reféns na aldeia síria de Al Yumla.
Um porta-voz da chamada Brigada dos Mártires de Yarmouk confirmou ao OSDH a entrega dos observadores, que, segundo sua versão, haviam "permanecido como hóspedes" os quatro últimos dias em Yumla. "Eles chegaram à Jordânia, estão agora em solo jordaniano", disse o porta-voz do governo jordaniano, Samih Maaytah.
Os observadores filipinos foram sequestrados na quarta-feira passada pelos rebeldes e fazem parte da missão da ONU nas Colinas do Golã (UNDOF), que supervisiona o cumprimento do cessar-fogo entre Israel e Síria nessa região, ocupada pelo Estado judeu na Guerra dos Seis Dias, de 1967.
Após o sequestro, a UNDOF suspendeu as patrulhas noturnas na área e ordenou a retirada de seus militares em duas zonas especialmente expostas ao fogo cruzado. O Conselho de Segurança da ONU e o secretário-geral deste organismo, Ban Ki-moon, condenaram a retenção dos observadores e exigiram sua libertação "imediata e incondicional".
Em uma gravação de vídeo divulgada há dois dias, os observadores apareciam vestidos com uniforme militar no interior de uma casa e um deles, identificado como capitão do batalhão, assegurava que estavam a salvo.
Na sexta-feira, uma primeira tentativa de retirar os observadores do povoado de Jamla fracassou devido a um bombardeio do Exército em um setor próximo que obrigou o comboio da ONU responsável pelo resgate a recuar.
Mas, também na sexta-feira, o regime estabeleceu com a ONU uma trégua para permitir a retirada dos observadores. Trata-se do primeiro sequestro deste tipo desde o início do conflito na Síria, há quase dois anos.
Guerra na síria: fotos mostram Homs sob neve, destruição e crise humanitária
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