PUBLICIDADE

Oriente Médio

"Flotilha da Liberdade" atrasa de novo sua chegada a Gaza

30 mai 2010 - 05h47
(atualizado às 08h22)
Compartilhar

A "Flotilha da Liberdade", integrada por seis navios com ajuda humanitária e 750 pessoas a bordo, atrasou pelo segundo dia consecutivo sua chegada ao litoral da Faixa de Gaza, que agora calcula para a segunda-feira, segundo informou a organização e os tripulantes.

Rami Abdo, porta-voz da campanha europeia para acabar com o cerco israelense à Faixa de Gaza, assinalou hoje que as embarcações chegarão às águas territoriais de Gaza amanhã de manhã.

"As razões (do atraso) são várias mas a mais importante é a necessidade de dar tempo para que a diplomacia atue e se evite um desenlace que ninguém quer", diz o blog "Crônicas de Gaza", escrito pelos membros da ONG Associação Cultura, Paz e Solidariedade Haydée Santamaría que participam da expedição.

A frota, que pretende romper o bloqueio israelense à faixa palestina e que salvo surpresa será abordada pela Marinha israelense no litoral de Gaza, já acumula dois dias de atraso, pois tinha inicialmente previsto ter chegado ontem à região.

Um dos principais motivos da mudança de planos foi que 30 defensores dos direitos humanos (entre eles 12 parlamentares europeus) não puderam se unir ao grupo desde a sexta-feira pela decisão das autoridades greco-cipriotas de negar a saída de seus portos de qualquer embarcação que se dirija a Gaza. Vinte deles puderam finalmente subir aos navios ontem e se reunir com os demais ativistas que lhes esperavam em águas internacionais.

No caminho também houve problemas técnicos em três navios, de modo que, por exemplo, o "Challenger 2", com bandeira americana, está no porto de Limasol, também na ilha. O "Challenger 1", que tinha ficado ancorado em Famagusta, na parte do Chipre sob domínio turco, se uniu esta manhã ao resto da frota, informaram os organizadores por meio da rede de microblogs Twitter.

O objetivo da expedição, que zarpou na quinta-feira da Turquia, é romper o bloqueio israelense a Gaza e introduzir material de construção, educativo, veículos elétricos para incapacitados e cem casas pré-fabricadas para quem perdeu a moradia na ofensiva israelense de ano e meio atrás.

EFE   
Compartilhar
Publicidade