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Oriente Médio

Queda do petróleo pode afetar luta contra Estado Islâmico

Primeiro-ministro do Iraque disse que a economia do país tinha sido duramente atingida pela queda do preço do petróleo

22 jan 2015 - 21h53
(atualizado às 22h39)
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O primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, concede entrevista coletiva em Londres, na Inglaterra, nesta quinta-feira. 22/01/2015
O primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, concede entrevista coletiva em Londres, na Inglaterra, nesta quinta-feira. 22/01/2015
Foto: Stefan Wermuth / Reuters

O primeiro-ministro do Iraque, Haider al-Abadi, manifestou temor nesta quinta-feira de que menores receitas do petróleo, devido à queda nos preços mundiais da commodity, poderão prejudicar a campanha militar do seu país contra o Estado Islâmico.

Falando depois de participar de uma reunião em Londres dos membros da coalizão liderada pelos Estados Unidos contra o Estado Islâmico, Abadi apelou para mais treinamento e equipamentos para suas Forças Armadas. Ele disse que a economia do Iraque tinha sido duramente atingida pela queda do preço do petróleo.

"Os preços do petróleo caíram para cerca de 40 por cento do seu nível do ano passado. A economia e o orçamento do Iraque dependem 85 por cento do petróleo e isso tem sido desastroso para nós", disse ele em entrevista coletiva.

Vídeo do EI com reféns japoneses pode ter sido manipulado:

"Nós não queremos ver uma reversão da nossa vitória militar devido a nossos problemas fiscais e orçamentários."

Quando questionado sobre como a coalizão poderia ajudar, Abadi disse que Bagdá poderia ser autorizado a adiar o pagamento de munições e armas.

O secretário de Estado norte-americano, John Kerry, e o secretário do Exterior britânico, Philip Hammond, disseram que na reunião de Londres foram planejados os próximos passos da campanha da coalizão contra o Estado Islâmico na Síria, no Iraque e em outros lugares.

Entre os planos estão fazer mais militarmente, mais para cortar as finanças do grupo e mais para conter o fluxo de combatentes estrangeiros.

Kerry disse que a luta será longa, mas que o Iraque não deve se preocupar ser não tiver o armamento para terminar o trabalho. Um grande lote de fuzis M16 fabricados nos Estados Unidos deve chegar ao Iraque "muito, muito em breve", disse ele.

Desvendando o Estado Islâmico Desvendando o Estado Islâmico

Kerry afirmou que as forças terrestres iraquianas, apoiadas por ataques aéreos da coalizão, retomaram 700 quilômetros quadrados de território no Iraque. Autoridades norte-americanas e de países aliados reconheceram que a luta contra o Estado Islâmico na Síria vai demorar mais tempo do que no Iraque.

Hammond disse antes da reunião que a coalizão poderia levar até dois anos para expulsar o Estado Islâmico do Iraque e que as próprias forças de Bagdá seriam incapaz de conduzir operações de combate adequadas durante meses.

Abadi se reuniu com o primeiro-ministro britânico, David Cameron, antes da reunião e pediu mais treinamento militar e munições.

Os britânicos têm participado de ataques aéreos contra as forças do Estado Islâmico, treinado tropas iraquianas e fornecido alguns equipamentos. Cameron disse a Abadi que a Grã-Bretanha estava pronta para ajudar, mas não chegou a assumir qualquer novo compromisso.

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