PUBLICIDADE

Oriente Médio

Putin diz que Rússia continuará a dar ajuda técnico-militar ao regime sírio

15 set 2015 - 08h44
Compartilhar
Exibir comentários

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta terça-feira que Moscou continuará a dar ajuda técnico-militar ao regime sírio em sua luta contra os grupos terroristas como o Estado Islâmico.

Putin negou que o apoio de Moscou ao regime de Bashar al Assad seja a causa da crise dos refugiados e ressaltou que, se não tivesse apoiado o governo sírio, o número de deslocados seria ainda maior.

"Apoiamos o governo da Síria em seu enfrentamento contra a agressão terrorista, proporcionamos, e continuaremos a fazê-lo, assistência técnico-militar, e pedimos a outros países a que se unam a nós", afirmou Putin em Dusambe, capital do Tadjiquistão.

Sobre a chegada em massa de refugiados nas últimas semanas à Europa, Putin assinalou que "vemos tentativas, pouco menos, de responsabilizar à Rússia do problema".

"Como se o problema dos refugiados tivesse surgido pelo apoio da Rússia às autoridades legítimas da Síria", acrescentou.

"As pessoas fogem da Síria, em primeiro lugar, pelas ações militares, impostas em grande medida desde o exterior pelas provisões de armas (à oposição a Al-Assad), o povo foge das atrocidades dos terroristas", afirmou o presidente russo.

"Se a Rússia não tivesse apoiado a Síria, a situação nesse país seria pior do que na Líbia, e o fluxo de refugiados seria ainda maior", recalcou Putin. Ele acrescentou que o apoio russo à Síria não tem nada a ver com o êxodo de refugiados de Líbia, Iraque, Iêmen, Afeganistão e outros países.

"Nós não desestabilizamos a situação nesses países, em regiões inteiras. Não destruímos as instituições estatais, criando um vazio de poder que foi imediatamente ocupado pelos terroristas", enfatizou o presidente russo.

O chefe do Kremlin advertiu que a situação em torno de Síria é "muito grave", já que a organização terrorista Estado Islâmico (EI) controla parte considerável do território sírio e também do iraquiano.

O EI, acrescentou, "planeja propagar suas atividades para Europa, Rússia, Ásia Central e ao Sudeste Asiático, e em suas fileiras guerrilheiros de muitos países, incluídos europeus, russos e de outras antigas repúblicas soviéticas recebem instrução ideológica e militar".

Putin insistiu na necessidade de unir esforços do governo sírio, da oposição moderada e das milícias curdas, assim como os de outros países da região, na luta contra o terrorismo.

"Juntos, associando esforços, resolveremos este problema", disse o presidente russo na cúpula da Organização do Tratado de Segurança Coletiva, que inclui Rússia, Belarus, Armênia, Cazaquistão, Tadjiquistão e Quirguistão.

Ele acrescentou que o presidente sírio está disposto a incorporar ao governo de seu país às "forças saudáveis da oposição", mas ressaltou que a tarefa neste momento é unir esforços na luta contra o terrorismo.

"Sem isso, é impossível resolver outros problemas, incluído o dos refugiados", especificou.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade