O presidente da Rússia, Vladimir Putin, pediu neste sábado ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para que, como Prêmio Nobel da Paz, pense nas vítimas de um possível ataque à Síria.
"Me dirigiria a Obama como Prêmio Nobel da Paz: antes de usar a força na Síria, é preciso pensar nas futuras vítimas", disse o líder russo, citado por agências de notícias de seu país.
O líder do Kremlin afirmou a Obama, que ontem garantiu não ter decidido sobre uma intervenção militar na Síria, que pense "muito bem antes de tomar a decisão" e lembrou que outras ações militares iniciadas pelos Estados Unidos não trouxeram a paz aos países que sofreram intervenções.
"Por acaso foi resolvido um só problema em Afeganistão, Iraque e Líbia? Porque lá não há nem paz nem democracia, como supostamente pretendiam nossos parceiros, não há nem uma paz civil elementar nem equilíbrio", advertiu Putin em um pronunciamento à imprensa na cidade de Vladivostok.
"Nos próprios Estados Unidos, (...) a maioria dos analistas consideram que a ação contra o Iraque foi um equívoco. E se levarmos em conta que houve erros no passado, por que agora achamos que isso será infalível", questionou.
Putin também perguntou, em alusão à intenção dos EUA de intervir na Síria sem a chancela da ONU, se responde aos interesses americanos "destroçar mais uma vez o sistema de segurança internacional, as bases fundamentais do direito internacional".
"Por acaso reforçará assim o prestígio internacional dos EUA? Duvido. Algo é preciso ser feito, é óbvio", mas atacar o país "pode levar a consequências absolutamente opostas às esperadas", disse.
Putin explicou que não fala com Obama há dias, e lembrou que os EUA tinham se comprometido na recente cúpula do G8 (Grupo dos Oito países mais desenvolvidos) na Irlanda do Norte a promover a convocação de uma conferência de paz para a Síria em Genebra e a convencer a a oposição síria a comparecer a essa reunião internacional.
Ativistas e oposição denunciam ataque com armas químicas na Síria
Menino vítima de ataque com armas químicas recebe oxigênio
Foto: Reuters
Menina é atendida em hospital improvisado após o ataque
Foto: AP
Homens recebem socorro após o ataque com arma químicas, relatado pela oposição e ativistas
Foto: AP
Mulher que, segundo a oposição, foi morta em ataque com gases tóxicos
Foto: AFP
Homens e bebês, lado a lado, entre as vítimas do massacre
Foto: AFP
Corpos são enfileirados no subúrbio de Damasco
Foto: AFP
Muitas crianças estão entre as vítimas, de acordo com imagens divulgadas pela oposição ao regime de Assad
Foto: AP
Corpos das vítimas, reunidos após o ataque químico
Foto: AP
Imagens divulgadas pela oposição mostram corpos de vítimas, muitas delas crianças, espalhados pelo chão
Foto: AFP
Meninas que sobreviveram ao ataque com gás tóxico recebem atendimento em uma mesquita
Foto: Reuters
Ainda em desespero, crianças que escaparam da morte são atendidas em mesquita no bairro de Duma
Foto: Reuters
Menino chora após o ataque que, segundo a oposição, deixou centenas de mortos em Damasco
Foto: Reuters
Após o ataque com armas químicas, homem corre com criança nos braços
Foto: Reuters
Criança recebe atendimento em um hospital improvisado
Foto: Reuters
Foto do Comitê Local de Arbeen, órgão da oposição síria, mostra homem e mulher chorando sobre corpos de vítimas do suposto ataque químico das forças de segurança do presidente Bashar al-Assad
Foto: Local Committee of Arbeen / AP
Nesta fotografia do Comitê Local de Arbeen, cidadãos sírios tentam identificar os mortos do suposto ataque químico das forças de segurança do presidente Bashar al-Assad
Foto: Local Committee of Arbeen / AP
Homens esperam por atendimento após o suposto ataque químico das forças de segurança da Síria na cidade de Douma, na periferia de Damasco; a fotografia é do escrtitório de comunicação de Douma
Foto: Media Office Of Douma City / AP
"Eu estou viva", grita uma menina síria em um local não identificado na periferia de Damasco; a imagem foi retirada de um vídeo da oposição síria que documenta aquilo que está sendo denunciado pelos rebeldes como um ataque químico das forças de segurança da Síria assadista
Foto: YOUTUBE / ARBEEN UNIFIED PRESS OFFICE / AFP
Nesta imagem da Shaam News Network, órgão de comunicação da oposição síria, uma pessoa não identificada mostra os olhos de uma criança morta após o suposto ataque químico de tropas leais ao Exército sírio em um necrotério improvisado na periferia de Damasco; a fotografia, de baixa qualidade, mostra o que seria a pupila dilatada da vítima
Foto: HO / SHAAM NEWS NETWORK / AFP
Rebeldes sírios enterram vítimas do suposto ataque com armas químicas contra os oposicionistas na periferia de Damasco; a fotografia e sua informação é do Comitê Local de Arbeen, um órgão opositor, e não pode ser confirmada de modo independente neste novo episódio da guerra civil síria
Foto: YOUTUBE / LOCAL COMMITTEE OF ARBEEN / AFP
Agências internacionais registraram que a região ficou vazia no decorrer da quarta-feira
Foto: Reuters
Mais de mil pessoas podem ter morrido no ataque químico, segundo opositores do regime de Bashar al-Assad
Foto: Reuters
Cão morto é visto em meio a prédios de Ain Tarma
Foto: Reuters
Homens usam máscara para se proteger de possíveis gases químicos ao se aventurarem por rua da área de Ain Tarma
Foto: Reuters
Imagem mostra a área de Ain Tarma, no subúrbio de Damasco, deserta após o ataque químico que deixou centenas de mortos na quarta-feira. Opositores do governo sírio denunciaram que forças realizaram um ataque químico que matou homens, mulheres e crianças enquanto dormiam