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América Latina

Promotor quer 8 anos de prisão para Menem por contrabando de armas

Ex-presidente argentino é acusado por contrabando de armas para a Croácia e o Equador durante seus 10 anos de mandato

31 mai 2013 - 18h04
(atualizado às 18h26)
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Um promotor argentino pediu nesta sexta-feira oito anos de prisão para o ex-presidente Carlos Menem (1989/99) pelo contrabando de armas para a Croácia e o Equador durante seu mandato, informou o Infojus, do portal do Ministério de Justiça.

O promotor Marcelo Agüero Vera demanda ainda o impeachment de Menem, atual senador, e sua inelegibilidade por 16 anos para exercer cargos públicos. Além disso, a promotoria pede sete anos de prisão para o ex-chanceler Oscar Camilión e oito anos para Diego Palleros, acusado como traficante de armas no caso, segundo o Infojus.

Menem e Camilión foram considerados culpados por "contrabando agravado de 6.500 toneladas de armamento e munições para Croácia e Equador". O ex-presidente, que esteve presente na audiência, ocupa uma cadeira pelo partido peronista (da situação), o que lhe garante imunidade, salvo se for submetido a um julgamento político.

Os canhões, fuzis e outros equipamentos embarcados em Buenos Aires teriam supostamente Panamá e Venezuela como destino, mas foram desviados em uma manobra para burlar os embargos de armas que pesavam sobre Equador e Croácia, ambos mergulhados em guerras na época.

O tribunal voltará a se reunir na próxima sexta-feira e depois terá cinco dias úteis para estabelecer as penas. Em 2011, Menem e Camilión foram absolvidos por um tribunal oral, mas a Câmara de Cassação revogou a sentença no início de março. O delito de contrabando agravado contempla penas entre quatro e 12 anos de prisão.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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