PUBLICIDADE

Oriente Médio

Primeiro-ministro iraquiano reformula aparato de segurança

21 mai 2013 - 18h25
(atualizado às 19h24)
Compartilhar

O primeiro-ministro iraquiano, Nuri al-Maliki, realizou nesta terça-feira uma esperada reformulação do aparato de segurança com o objetivo de conter a onda de violência que sacode o Iraque desde o início do ano.

O Iraque, que será definitivamente deixado pelas tropas americanas no final de 2011, tem sido atingido por frequentes atentados que suscitam temores de uma volta aos momentos sombrios do conflito entre muçulmanos sunitas e xiitas em 2006 e 2007. Na época, o número de pessoas mortas por mês chegava a mil.

Os ataques têm ganhado em intensidade e deixaram mais de 200 mortos desde o início do ano.

Para impedir o avanço da violência, Maliki ordenou "mudanças no comando das operações e das divisões" do Exército, indicou uma autoridades à AFP que pediu para não ser identificada.

O chefe de governo decidiu, principalmente, destituir de suas funções o general Ahmed Hachem, que lidera o comando de operações em Bagdá, segundo essa fonte.

À exceção da região autônoma do Curdistão, no norte do país, cada província iraquiana é dotada de um comando de operações que reúne Exército e Polícia e que tem como tarefa exatamente garantir a segurança.

Na segunda, o chefe de governo havia explicado durante uma coletiva de imprensa que estas mudanças seriam debatidas e depois confirmadas em um conselho de ministros no dia seguinte.

Mas, segundo um comunicado do governo, essa reunião semanal não abordou o tema e foi dedicada a questões de ordem econômica e social.

Somente "depois de consultas com autoridades de segurança" que a reformulação foi decidida, de acordo com a rede de televisão pública Iraqiya.

"Os insurgentes não conseguirão nos mergulhar em um conflito confessional", havia afirmado na segunda Nuri al-Maliki, preocupado com a violência religiosa.

Nesta terça, novos ataques deixaram 21 mortos, de acordo com fontes médicas e de segurança.

No pior dos ataques, uma bomba explodiu perto de uma mesquita sunita em Abu Ghraib, a oeste de Bagdá, matando seis pessoas e ferindo 18.

Revoltados com o que consideram uma estigmatização promovida pelas autoridades, os sunitas protestam desde o final de 2012 exigindo a renúncia de Maliki.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
Compartilhar
Publicidade