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Oriente Médio

Presidente Evo Morales expulsa a USAID da Bolívia

1 mai 2013 - 10h52
(atualizado às 11h01)
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O presidente da Bolívia, Evo Morales, anunciou a expulsão do país da representação da Agência Americana para o Desenvolvimento Internacional (USAID), que operava desde 1964, sob a acusação de conspiração e interferência em assuntos políticos internos, em um evento público no Dia do Trabalho.

"Decidimos expulsar a USAID da Bolívia, a USAID vai sair da Bolívia", afirmou Morales em um discurso na Praça das Armas de La Paz, sede dos poderes Executivo e Legislativo.

Morales, que governa o país desde 2006, afirmou que a agência americana está na Bolívia "com fins políticos e não com fins sociais".

"Não precisamos de algumas instituições da embaixada dos Estados Unidos que continuam conspirando contra este processo, contra o povo e, em especial, contra o governo nacional", afirmou Morales.

O governo de Bolivia expulsou em 2008 o embaixador dos Estados Unidos e a agência de combate às drogas DEA pelo mesmo motivo.

"Nunca mais a USAID, que vai manipulando, que vai utilizando nossos irmãos dirigentes, que vai usando a alguns companheiros de base com esmolas", insistiu diante de milhares de pessoas no Dia do Trabalho, evento que aproveitou para anunciar diversas medidas a favor dos trabalhadores.

Morales criticou fortemente em seu discurso declarações recentes do secretário Estado americano, John Kerry, sobre a região.

"Seguramente (Estados Unidos) pensarão ainda que aqui se pode manipular politicamente, economicamente: isto era em tempos passados", disse.

Morales pediu ao chanceler David Choquehuanca que comunique à embaixada dos Estados Unidos "a expulsão da USAID (...) este instrumento que ainda tem uma mentalidade de dominação, de submissão".

"Este é um protesto ante esta mensagem do chanceler dos Estados Unidos (..) que diz que a América Latina é o pátio traseiro dos Estados Unidos", completou.

Morales promulgou diversas leis a favor dos trabalhadores e citou no discurso o sétimo aniversário da nacionalização dos combustíveis bolivianos, que afetou em 2006 várias multinacionais petroleiras.

AFP Todos os direitos de reprodução e representação reservados. 
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