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Oriente Médio

Presidente do CS da ONU não espera sanções ao Irã em maio

4 mai 2010 - 17h23
(atualizado às 18h53)
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O presidente temporário do Conselho de Segurança da ONU, o embaixador libanês Nawaf Salam, disse nesta terça-feira que as potências que negociam uma nova rodada de sanções contra o Irã não lhe notificaram que irão apresentar em maio uma proposta a respeito. "Nenhum membro indicou que vai tratar deste assunto em maio", disse Salam na entrevista coletiva em que apresentou o programa de trabalho do CS durante o mês.

O representante libanês negou que a disputa com o Irã não apareça na agenda de maio devido ao incomodo que Beirute poderia sentir presidindo um conselho que castigue Teerã novamente. "Não vamos confundir as maçãs com as laranjas. Quando chegar o momento, o Líbano atuará neste assunto com base em seus interesses nacionais", assegurou o embaixador.

Os cinco membros permanentes do CS (EUA, China, França, Reino Unido e Rússia), além da Alemanha, negociam desde abril a redação uma resolução que reforce o regime de sanções contra o Irã. Estas potências consideram que é preciso ampliar as sanções contra o regime iraniano por sua recusa em aceitar as diferentes propostas apresentadas para dissipar as dúvidas de que seu programa nuclear esconda ambições militares.

Na segunda-feira o Irã roubou todas as atenções da sessão inaugural da Conferência de Revisão do Tratado de Não-Proliferação (TNP), na qual o presidente do país, Mahmoud Ahmadinejad, fez um duro ataque aos Estados Unidos. O líder iraniano ignorou as chamadas formuladas pouco antes nesse mesmo fórum de desarmamento pelo secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, e do diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), o japonês Yukiya Amano, para que aceite a proposta da agência para enriquecer seu urânio fora do país.

Os EUA, Israel e outros países suspeitam que a falta de transparência do programa nuclear iraniano obedece às tentativas da República Islâmica de adquirir armamento atômico. Por sua vez, Teerã assegura que suas atividades nucleares têm uma natureza pacífica e exige o direito de poder desenvolver energia nuclear civil.

O porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores do Irã, Ramin Mehmanparast, confiou hoje de novo que o Brasil e a Turquia possam ser os mediadores neste conflito nuclear que seu país mantém com a comunidade internacional.

EFE   
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