Presidente da Rússia diz que discorda de Obama sobre Síria
Vladimir Putin e Barack Obama se encontraram nesta segunda-feira após a cúpula do G8 na Irlanda do Norte
Rússia e Estados Unidos discordam sobre como acabar com o conflito na Síria, mas querem que o derramamento de sangue termine e que as partes envolvidas nos confrontos negociem, disse o presidente russo, Vladimir Putin, nesta segunda-feira.
"As nossas posições não coincidem totalmente, mas estamos unidos por uma vontade comum de acabar com a violência, conter o número crescente de vítimas na Síria, resolver os problemas por meios pacíficos, incluindo as conversações de Genebra", disse Putin após reunião com o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, na cúpula do G8 na Irlanda do Norte.
Parecendo tenso e olhando principalmente para o chão ao lado de Obama, Putin acrescentou: "Nós concordamos em levar adiante o processo das negociações de paz e encorajamos as partes a se sentar na mesa de negociação, a organizar as negociações em Genebra."
Obama disse a repórteres que Putin e ele instruíram suas equipes a trabalhar para realizar a conferência de paz. Os dois líderes também expressaram um otimismo cauteloso quanto ao futuro do diálogo com o Irã depois que um clérigo moderado foi eleito presidente.
Irã
Estados Unidos e Rússia estão "prudentemente otimistas" sobre a questão nuclear iraniana após a eleição do novo presidente Hassan Rohani, declarou disse Obama após o encontro com Putin. Os dois chefes de Estado esperam que seja possível "fazer com que o diálogo progrida" com a chegada ao poder do clérigo moderado, apoiado pelo campo reformista.
Nesse encontro, Obama e Putin concordaram em realizar uma cúpula bilateral na Rússia nos dias 3 e 4 de setembro, de acordo com uma declaração conjunta. "Com o objetivo de reforçar a natureza construtiva de nossas relações, pretendemos manter contatos regulares no mais alto nível e organizar uma cúpula EUA-Rússia em 3 e 4 de setembro", ou seja, antes do encontro do G20 previsto para 5 e 6 desse mesmo mês em São Petersburgo.
Informações das agências AFP e Reuters.