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Oriente Médio

Políticos europeus e americanos reivindicam mais dureza com Irã

25 jan 2011 - 18h39
(atualizado às 18h49)
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Políticos europeus e americanos reivindicaram nesta terça-feira mais dureza com o regime iraniano para frear as intenções do país de obter armas nucleares. No marco de uma conferência internacional realizada nesta terça-feira em Bruxelas, políticos discutiram sobre o programa nuclear iraniano três dias depois que as negociações entre Irã e o Grupo 5+1 - EUA, Rússia, China, França, Grã-Bretanha e Alemanha - terminaram sem acordo em Istambul (Turquia).

O general James Jones, ex-conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, defendeu o papel da Administração americana nas negociações e se referiu às sanções aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU, que qualificou como "as maiores já impostas" a um Estado, e que, segundo ele, pressionarão Teerã. Por sua vez, o ex-embaixador dos EUA nas Nações Unidas Bill Richardson afirmou que, apesar de "o Governo iraniano não ter levado as negociações a sério, é preciso continuar com o diálogo e a diplomacia".

Já o ex-embaixador dos EUA na ONU John Bolton e o ex-procurador-geral americano Michael Mukasey (ambos membros do governo de George W. Bush) ressaltaram que o Irã não tem a intenção de chegar a um acordo porque quer desenvolver armas nucleares e que as sanções não funcionaram no passado. Na mesma linha se manifestou o eurodeputado espanhol Alejo Vidal-Quadras, quem afirmou que a via diplomática seguida até agora "não funciona", já que atualmente o Irã está "mais perto" de fabricar armas atômicas.

Além de Vidal-Quadras, outros eurodeputados e parlamentares de vários países da União Europeia (UE) participaram do ato para reivindicar o fim das negociações. No entanto, houve unanimidade entre os presentes na hora de pedir ao governo americano que siga o exemplo da UE e exclua de sua lista de grupos terroristas a Organização dos Mujahedins do Povo do Irã, o principal grupo de oposição no país.

Os presentes também criticaram a situação do campo de refugiados iranianos de Ashraf, no Iraque, onde se encontra a sede da organização. Tanto a resistência iraniana quanto organizações que lutam pelos humanos, como a Anistia Internacional (AI), denunciaram ataques das Forças de Segurança iraquianas aos civis residentes no campo com o consentimento das autoridades do país.

EFE   
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