PUBLICIDADE

Oriente Médio

Para ONU, é "impensável" sugerir que palestinos estão por trás de Holocausto

21 out 2015 - 16h11
Compartilhar
Exibir comentários

A Organização das Nações Unidas (ONU) considerou nesta quarta-feira ser "impensável" que alguém sugira que os palestinos estiveram por trás do Holocausto judeu, em resposta as declarações do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

"Qualquer sugestão de que o Holocausto contra os judeus pôde ser inspirado por palestinos, muçulmanos ou qualquer outro que não os nazistas é impensável", disse hoje perante a imprensa Farhan Haq, um porta-voz do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon.

Netanyahu recebeu várias críticas depois de afirmar ontem na assembleia de dirigentes judeus sionistas de todo o mundo que Adolf Hitler realizou o Holocausto em resposta a um pedido do mufti de Jerusalém, Haj Amin el Husseini, em 1941. Após a polêmica, o primeiro-ministro israelense disse hoje que Hitler "é o responsável da Solução Final", apesar de ter insistido que foi incitado pelo mufti.

"É absurdo. Nunca tive a intenção de absolver Hitler de sua responsabilidade de exterminar o povo judeu na Europa. Hitler é o responsável da Solução Final. Ele tomou a decisão", ressaltou ele pouco antes de partir rumo à Alemanha para uma visita oficial.

No entanto, ressaltou que o mufti, um dos dirigentes árabes da época na Palestina sob Mandato Britânico, "incitou" isso, e "seria absurdo virar a cara" a esse fato.

Netanyahu citou um líder nazista que prestou depoimento durante o julgamento em Jerusalém a Adolf Eichmann em 1960, segundo o qual o mufti os instigou a "exterminar os judeus europeus", porque "via nisso uma solução boa para a questão palestina". Segundo esse testemunho, "o mufti foi um dos iniciadores do extermínio sistemático de judeus na Europa e foi co-participante e assessor de Eichmann e Hitler na execução do plano".

Ban, que se reuniu com Netanyahu e com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, informará hoje por videoconferência ao Conselho de Segurança de suas decisões em reunião a portas fechadas.

EFE   
Compartilhar
Publicidade
Publicidade