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América Latina

Panamá detém navio norte-coreano que transportava armas suspeitas

16 jul 2013 - 16h25
(atualizado às 16h51)
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O Panamá deteve um navio de bandeira norte-coreana procedente de Cuba quando estava prestes a cruzar o Canal do Panamá e informou que a embarcação estava escondendo armas em contêineres de açúcar mascavo, fato que provocou um impasse durante o qual o capitão do navio ameaçou cometer suicídio.

O presidente panamenho, Ricardo Martinelli, afirmou que armas não declaradas foram detectadas dentro dos contêineres quando as autoridades do país pararam a embarcação sob a suspeita de que transportava drogas.

"Vamos continuar descarregando o navio e descobrir o que exatamente há lá dentro", declarou Martinelli à TV panamenha na noite de segunda-feira. "Não se pode transportar armas de guerra não declaradas através do Canal do Panamá."

Não ficou claro quais eram as armas, mas uma foto postada na página oficial de Martinelli no Twitter mostra dentro do navio um objeto comprido no formato de um míssil, com uma extremidade cônica que se estreita.

A IHS Jane, uma empresa de análise global, afirmou ter identificado o equipamento mostrado nas fotos como sendo um radar de controle de fogo RSN-75 'Fan Song' para a família de mísseis terra-ar SA-2.

Martinelli disse que o capitão da embarcação tentou cometer suicídio depois de ter sido parado perto do porto de Manzanillo, no lado do canal no Oceano Atlântico.

Segundo o presidente, a tripulação resistiu aos esforços das autoridades panamenhas para desviar o navio, cujo nome é Chong Chon Gang, para Manzanillo e 35 membros estavam presos.

Uma porta-voz do canal disse não ter mais informações e o gabinete do Procurador-Geral do país não retornou de imediato os pedidos para comentar o caso.

O procurador-chefe na área do narcotráfico no Panamá, Javier Caraballo, afirmou à TV local que o navio se dirigia para a Coreia do Norte.

A Coreia do Norte, país asiático pobre e isolado da comunidade internacional, está sob duras sanções da Organização das Nações Unidas, dos Estados Unidos e da União Europeia, incluindo uma proibição da ONU a qualquer exportação de armas, em razão de seu controverso programa nuclear.

Violações anteriores de sanções incluíram embarques norte-coreanos de material relacionado a armamento para a Síria, em novembro de 2010, e para o Irã, em 2008, de acordo com relatório de maio da ONU.

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