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Oriente Médio

Palestinos revelam parte de plano dos EUA para Oriente Médio

8 set 2009 - 14h29
(atualizado às 14h36)
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Um funcionário da Autoridade Nacional Palestina (ANP) revelou nesta terça algumas das linhas mestras da iniciativa de paz para israelenses e palestinos elaborada pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

Segundo o vice-presidente do Parlamento palestino, Hassan Khraishe, o plano inclui a criação de um Estado palestino, em primeiro lugar, na Cisjordânia, território que posteriormente se juntaria à Faixa de Gaza.

"O plano pretende limitar o número de refugiados palestinos no Vale do Jordão e em outras zonas da Cisjordânia", afirmou Khreishe. Os lugares santos em Jerusalém Oriental ficariam, enquanto isso, sob supervisão árabe e islâmica.

Khreishe menciona a criação de uma fundação internacional para ajudar os refugiados palestinos, mas não detalha quais seriam as condições em que viveriam os residentes nos acampamentos da Jordânia, Líbano, Síria e outros países árabes.

"O plano americano quer transformar as diferentes facções armadas palestinas em partidos políticos que condenem o uso da violência contra Israel", disse.

O funcionário disse que o tema Jerusalém é vital, pois é na parte leste da cidade que os palestinos gostariam de ter, no futuro, a capital do Estado.

"Partes de Jerusalém Oriental ficariam sob a soberania israelense, sem nenhum controle palestino. Mas os lugares santos continuariam submetidos a uma administração árabe e islâmica", disse.

Quanto aos assentamentos judaicos, o plano de paz estabelece que as grandes áreas da Cisjordânia permaneçam sob controle israelense.

A fiscalização sobre os pequenos povoados teria de ser negociado, já o restante do território da Cisjordânia seria desmilitarizado e seu espaço aéreo controlado por Israel.

O plano ainda prevê que Israel liberte os prisioneiros palestinos, após a assinatura de um acordo de paz com a ANP, libertação que seria realizada durante três anos.

O presidente do Conselho Legislativo palestino evitou falar sobre a minuta dos Estados Unidos, mas explicou, em comunicado à imprensa, que a Administração americana só encerrou a elaboração do documento, depois de receber a colaboração de judeus especializados no conflito palestino-israelense.

A expectativa é que Obama apresente seu plano este mês, durante a Assembleia Geral da ONU em Nova York, onde quer organizar um encontro entre o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e o presidente da ANP, Mahmoud Abbas, para conseguir a retomada da negociação e dos esforços de paz no Oriente Médio.

EFE   
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