Palestinos pedem a ONU que condene assentamentos judaicos
A representação palestina perante a ONU, apoiada pelos países árabes, pediu nesta quarta-feira ao Conselho de Segurança do organismo que envie uma mensagem a Israel condenando os assentamentos em território ocupado, embora a oposição dos EUA torne sua aprovação improvável.
"Deve-se mandar uma mensagem forte de que entramos em uma era e que o desafio israelense ao direito e à vontade da comunidade internacional não será tolerado", disse o representante da Autoridade Nacional Palestina (ANP) na ONU, Riad Mansur, na reunião mensal do principal órgão de segurança sobre o Oriente Médio.
O Conselho de Segurança abordou nesta quarta-feira a situação na região um dia depois que o Líbano apresentou oficialmente um projeto de resolução que condena os assentamentos israelenses na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. O documento conta com o apoio de mais de uma centena de países e o aparente respaldo de todos os membros do Conselho, com a exceção dos Estados Unidos.
Em seu discurso, Mansur ressaltou que as Nações Unidas mantiveram com consistência a posição segundo a qual as colônias judaicas vulneram o direito internacional, mas lamentou que até agora não tenham empreendido ações para que a legalidade seja cumprida. Além disso, afirmou que o crescimento dos assentamentos põe em risco a solução dos dois Estados, um israelense e outro palestino.
A embaixadora adjunta dos EUA, Rosemary DiCarlo, reiterou a oposição de Washington aos assentamentos, que qualificou de "corrosivos" para os esforços de paz na região. No entanto, declarou que a melhor maneira de resolver os assuntos mais relevantes para o processo de paz é uma negociação direta entre os dois envolvidos, sem recorrer ao Conselho de Segurança. "Portanto, nos opusemos de maneira consistente às tentativas de abordar estes assuntos no Conselho", disse.